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EUA denunciam impacto da brutalidade de EI e Boko Haram nos direitos humanos

25 jun 2015 - 16h14
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A crescente brutalidade de grupos como Estado Islâmico (EI) e Boko Haram foi um dos temas mais preocupantes para os direitos humanos no mundo em 2014, segundo o relatório anual sobre a matéria publicado nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado americano.

O relatório denuncia também que o sistema político da Rússia é "cada vez mais autoritário" e deplora seus "graves abusos" na Ucrânia, além de condenar a "repressão" de opositores na China e na Venezuela e a "grave restrição dos direitos humanos" no Irã.

Em 2014 "fomos testemunhas da brutalidade e niilismo dos talibãs paquistaneses e do Boko Haram contra crianças em idade escolar, os assassinatos de jornalistas da 'Charlie Hebdo' (na França) e vários abusos e assassinatos cometidos pelo EI" no Iraque e na Síria, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, no relatório.

O documento, que serve como guia ao Congresso dos Estados Unidos na hora de decidir a ajuda externa para cada país, costuma examinar o comportamento dos governos a respeito dos direitos humanos, mas nesta edição se fixa também na crescente "brutalidade" de atores não estatais como os grupos jihadistas.

"Organizações terroristas como EI, Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), Boko Haram, Al Shabab, Al Nusra e outros perpetraram abusos de direitos humanos e violações da lei humanitária internacional contra não combatentes inocentes", destaca o relatório.

Kerry assegurou hoje que nenhum acontecimento foi mais "preocupante" em 2014 que esses grupos e que "a comunidade internacional tem a absoluta obrigação de enfrentá-los e vencê-los".

No caso do EI, que expandiu seu controle sobre áreas do Iraque e da Síria durante 2014, o relatório do Departamento de Estado salienta que o grupo cometeu violações "sistemáticas" em território iraquiano, onde "atacou indivíduos baseando-se em sua religião ou etnia, violentou mulheres e crianças e recrutou crianças-soldado".

Na Síria, o EI e Al Nusra "se aproveitaram do caos" na guerra civil síria para "apresentar-se como a melhor defesa contra as atrocidades do (líder sírio, Bashar al) Assad", e cometeram abusos como "massacres, bombardeios, execuções sumárias e deslocamentos forçados".

Na Nigéria, "os ataques do Boko Haram resultaram na morte de mais de 4.000 civis apenas em 2014 e o deslocamento de centenas de milhares", além do sequestro de 274 meninas de uma escola de Chibok que "no final do ano seguiam desaparecidas em sua maioria".

Na Somália e no Quênia, o grupo somali Al Shabab matou "muitos civis" no ano passado, enquanto no Paquistão os talibãs "executaram 132 estudantes".

O relatório também alerta que o "sistema político da Rússia é cada vez mais autoritário, e o governo emitiu uma série de novas medidas para suprimir a dissidência dentro de suas fronteiras".

O avanço da Rússia na Ucrânia esteve acompanhado de "perseguição de membros da comunidade tatar, certas minorias religiosas e outros que se opuseram à ocupação"; e no leste do país "as forças russas e os separatistas cometeram vários abusos graves de direitos humanos, incluindo assassinatos e sequestros", detalha o documento.

Sobre a China, os EUA asseguram que a "repressão e coerção por parte do governo seguiu sendo a rotina", em particular contra organizações e indivíduos envolvidos com defesa de direitos civis e políticos" e "membros de minorias étnicas".

EFE   
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