EUA e UE impõem restrições a países por nova variante
Os Estados Unidos irão restringir as viagens para os Estados Unidos de oito países do sul da África a partir de segunda-feira por preocupação sobre uma nova variante da covid-19 encontrada na África do Sul, disse um alto funcionário do governo norte-americano nesta sexta-feira.
O funcionário disse que as restrições se aplicarão a África do Sul, Botsuana, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Suazilândia, Moçambique e Malaui, e serão "implementadas com muita cautela à luz de uma nova variante da covid-19 que circula na África Meridional".
A medida não proíbe voos nem se aplica a cidadãos norte-americanos e residentes permanentes legais, disse a autoridade.
UE também suspende viagens
Países da União Europeia concordaram em suspender viagens ao sul da África após a detecção de uma nova variante da covid-19, informou a Presidência do bloco nesta sexta-feira.
Um comitê de especialistas de saúde de todos os 27 Estados-membros da UE "concordou sobre a necessidade de ativar o freio de emergência e impor uma restrição temporária a todas as viagens da UE para o sul da África", disse a Eslovênia, atual presidente do bloco, no Twitter.
As restrições se aplicarão a Botsuana, Suazilândia, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue, tuitou o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer.
Uma autoridade da UE disse que também se solicitou que os governos do bloco desestimulem viagens a estes países.
Cada um dos 27 países da UE tem liberdade para aplicar as novas medidas quando preferir. Alguns já estão adotando restrições.
Autoridades da UE disseram que ainda não se tomou nenhuma decisão sobre outros países em outras partes do mundo onde casos da nova variante foram detectados, o que inclui Hong Kong, Israel e Bélgica, uma integrante do bloco.
A nova variante do coronavírus, detectada primeiramente na África do Sul, causou alarme mundial, enquanto pesquisadores tentam determinar se a linhagem é resistente às vacinas.
Marc Van Ranst, o virologista que detectou a nova variante na Bélgica, disse à Reuters que é mais provável que a mulher tenha contraído a variante no próprio país do que enquanto viajava fora da Europa.