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Estados Unidos

EUA espionaram ex-chanceler alemão por resistência à Guerra no Iraque

4 fev 2014 - 20h02
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Os serviços secretos dos Estados Unidos também grampearam o telefone celular do ex-chanceler alemão social-democrata Gerhard Schröder, segundo revelaram nesta terça-feira em uma exclusiva conjunta o jornal Süddeutsche Zeitung e a televisão regional pública NDR.

O chefe do governo alemão entre 1998 e 2005 se tornou alvo da Agência de Segurança Nacional (NSA) por causa de sua recusa a que a Alemanha participasse da segunda Guerra do Iraque, segundo fontes deste organismo americano e do Executivo em Washington.

Schröeder foi consignado, sob o mandato do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, com o número 388 na lista de personalidades das quais se requeria um acompanhamento de suas comunicações telefônicas por parte dos serviços secretos exteriores, a chamada National Sigint Requirement List. "Tínhamos razões para crer que (Schröder) não contribuiu ao triunfo da aliança" de países que invadiram o Iraque, explicou uma fonte.

Por sua parte, o Executivo alemão tem certeza que o ex-chanceler, da mesma forma que a atual chefe do governo, Angela Merkel, foram grampeados pelos serviços de inteligência dos EUA. No ano passado foi revelado, graças às revelações do ex-técnico da NSA, Edward Snowden, que os serviços secretos americanos interceptaram durante anos as ligações de um dos telefones celulares de Merkel.

Recentemente, em uma entrevista a uma televisão alemã, o presidente dos EUA, Barack Obama, assegurou que Merkel não teria que preocupar-se mais com escutas, reconhecendo implicitamente que elas existiram por um período indeterminado.

"Nunca me ocorreu que poderia ter sido espionado pelos serviços secretos americanos, mas agora isso já não me surpreende", declarou Schröder ao ser interrogado a respeito pelo Süddeutsche Zeitung.

EFE   
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