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EUA: júri de homem acusado de matar jovem negro é composto por 6 mulheres

Julgamento deve começar na próxima segunda-feira; George Zimmerman matou com um tiro o jovem negro desarmado Trayvon Martin nos Estados Unidos em 2012

20 jun 2013 - 17h31
(atualizado às 17h39)
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<p>O acusado, George Zimmerman, 29 anos, um ex-vigia voluntário, será julgado pelo homicídio em segundo grau </p>
O acusado, George Zimmerman, 29 anos, um ex-vigia voluntário, será julgado pelo homicídio em segundo grau
Foto: AP

Seis mulheres, cinco delas brancas e uma negra, foram selecionadas nesta quinta-feira como júri no julgamento de George Zimmerman, o ex-vigia que matou com um tiro o jovem negro desarmado Trayvon Martin nos Estados Unidos em 2012.

Após nove dias de consultas com centenas de pessoas do condado de Seminole (centro da Flórida), onde o crime foi cometido, a promotoria e a defesa de Zimmerman escolheram um júri de seis mulheres que decidirá o destino do ex-vigia acusado de homicídio em segundo grau de Martin no dia 26 de fevereiro de 2012.

O início do julgamento pode ser na segunda para permitir que os membros do júri selecionado passem o fim de semana com suas famílias antes de serem isolados em um local secreto até que termine o processo, disse uma fonte na corte de Sanford.

A seleção do júri, realizada no tribunal de Sanford, pequena cidade localizada 400 km ao norte de Miami, representou um dos maiores desafios para defesa e acusação pela dificuldade de encontrar pessoas imparciais diante de um caso que causou comoção nos Estados Unidos no ano passado e que foi amplamente acompanhado pela imprensa.

Na tarde desta quinta os advogados selecionarão quatro jurados que atuarão como substitutos. Zimmerman, 29 anos, um ex-vigia voluntário, será julgado pelo homicídio em segundo grau de Martin, 17 anos, que estava desarmado em um condomínio particular. Zimmerman, de pai americano e mães peruana, se declarou inocente ao alegar que havia atirado em legítima defesa depois de ter sido agredido por Martin.

A justiça deverá determinar se foi um caso de legítima defesa ou um assassinato e também convencer a opinião pública de quanto peso teve o preconceito racial no crime e na atuação da polícia, que deteve Zimmerman 44 dias depois do incidente, quando a ira aumentava no país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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