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EUA: Kennedy, Bush e Carter disputam eleições legislativas

Descendentes tentam seguir a carreira política de seus pais, tios e avós

5 nov 2014 - 16h19
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<p>Edward Kennedy Jr. discursa ao anunciar sua candidatura ao Senado estadual de Connecticut em 8 de abril</p>
Edward Kennedy Jr. discursa ao anunciar sua candidatura ao Senado estadual de Connecticut em 8 de abril
Foto: Michelle McLoughlin / Reuters

Edward Kennedy Jr. deu o primeiro passo para seguir o caminho de seu falecido pai e ex-senador dos Estados Unidos na terça-feira, quando venceu sua primeira disputa eleitoral e foi eleito senador estadual em Connecticut.

O advogado de 53 anos chamou atenção pelo nome da família, uma dinastia liberal de longa história na política norte-americana, quando entrou na disputa em abril para enfrentar o republicano Bruce Wilson.

Em março, o ex-senador estadual Edward Meyer, democrata que ocupava o cargo desde 2005, declarou que não buscaria a reeleição.

Edward Kennedy Jr. manteve a inclinação esquerdista de seu clã, direcionando sua campanha para a defesa de deficientes e temas ligados à preservação ambiental.

Wilson representou um contraste acentuado, declarando durante um debate recente que as questões mais importantes que o Connecticut enfrenta são a necessidade de desfazer os padrões acadêmicos do Common Core (organização comprometida com a qualidade do currículo escolar nas escolas públicas do país) e melhorar a economia claudicante do Estado.

“Vou precisar de sua ajuda, suas ideias. Precisamos nos unir em nossa jornada comum para reerguer o Connecticut”, afirmou Kennedy a seus apoiadores na terça-feira.

Edward trilha a mesma seara de seu primo de 34 anos, Joseph P. Kennedy 3º, eleito como congressista do Massachusetts em 2012, mantendo a tradição da família na política.

Mas sua corrida ao Senado estadual não transcorreu sem polêmicas. Em outubro, Wilson apresentou uma queixa junto à comissão eleitoral estadual alegando que familiares e amigos do rival fizeram grandes contribuições para o comitê estadual central dos democratas, e que o partido violou as regras de financiamento de campanha redirecionando o dinheiro para o campo de Kennedy.

A campanha de Kennedy e outras autoridades democratas argumentaram, entretanto, que as doações foram legais, e permitidas devido a uma alteração feita no ano passado nas regras de financiamento do Estado.

A comissão eleitoral estadual abriu uma investigação sobre as doações.

O pai de Edward, Edward M. Kennedy, representou Massachusetts no Senado dos EUA durante 50 anos, até sua morte em 2009.

Sobrinho de Geroge W. Bush

George P. Bush, sobrinho do ex-presidente americano George W. Bush, foi eleito novo comissário do Escritório Geral de Terras do Texas, com 61% dos votos, superando o adversário democrata, John Cook, que obteve 35%.

<p>George P. Bush (&agrave; direita) e o pai, Jeb Bush (&agrave; esquerda), concedem entrevista no Texas, em 14 de outubro</p>
George P. Bush (à direita) e o pai, Jeb Bush (à esquerda), concedem entrevista no Texas, em 14 de outubro
Foto: LM Otero / Reuters

Bush, um advogado de 38 anos, é o mais novo de uma dinastia política republicana que começou seu avô, George Bush, presidente entre 1989 e 1993, e também tem como representante seu pai, Jeb Bush, ex-governador da Flórida e potencial candidato à presidência em 2016.

George P. Bush ocupará assim seu primeiro cargo eletivo e vai liderar nos próximos quatro anos o órgão responsável pela gestão das terras do estado e dos recursos de petróleo e gás.

Os recursos obtidos pelo Escritório Geral de Terras são destinados a um fundo estatal para financiamento do sistema de educação pública.

Este cargo é visto como um trampolim para que o mais novo da dinastia possa concorrer a cargos políticos mais altos em próximas eleições.

Neto de Jimmy Carter

Jason Carter, neto do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, foi derrotado na acirrada disputa pelo governo da Geórgia pelo atual mandatário, o republicano Nathan Deal.

<p>O ex-presidente Jimmy Carter cumprimenta o neto&nbsp;Jason, em&nbsp;12 de outubro</p>
O ex-presidente Jimmy Carter cumprimenta o neto Jason, em 12 de outubro
Foto: Phil Sears / Reuters

Há mais de quatro décadas, era Jimmy Carter quem fazia campanha pelo governo deste estado do sul do país, e sua vitória abriu caminho para sua eleição como presidente em 1976.

Hoje com 90 anos recém completados, o ex-presidente democrata voltou a fazer comício em seu estado natal para apoiar o neto, que é de seu partido, mas tem opiniões diferentes em assuntos importantes como a pena de morte, o conflito palestino-israelense e o meio ambiente.

"Estou aqui só para lhes falar sobre Jason. É meu neto, como talvez saibam. Tinha dois anos quando eu era presidente e não tinha nascido quando era governador", contou Jimmy Carter em um dos comícios.

Jason, de 39 anos, é senador estadual e filho de Jack Carter, que em 2006 tentou, sem sucesso, conseguir um posto no Senado federal por Nevada. Caso tivesse sido eleito nesta terça, o neto do ex-presidente teria se tornado o primeiro governador democrata no estado desde 1998.

Avô e neto fizeram boa parte da campanha separadamente, porque suas políticas apelam a diferentes tipos de eleitores, e o ex-presidente é uma figura polarizadora neste estado tradicionalmente republicano.

Por outro lado, a ex-primeira dama Rosalynn Carter, que continua popular no estado, teve mais tempo ao lado do neto na campanha eleitoral.

A Geórgia, tradicional reduto republicano, está se tornando um estado sem tendência definida de voto em relação às eleições presidenciais de 2016, graças ao aumento da população latina e de outras minorias, que tendem a apoiar os candidatos democratas.

Com informações da EFE e Reuters.

Fonte: Terra
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