EUA planejam retirada total do Afeganistão até final de 2016
51.000 militares americanos apoiam Cabul no combate aos rebeldes talibãs atualmente
Os Estados Unidos planejam reduzir seu efetivo no Afeganistão para 9.800 homens até o fim deste ano, concluindo sua intervenção militar no fim de 2016, disse nesta terça-feira uma autoridade.
O presidente Barack Obama deve anunciar o plano no fim do dia. O cronograma traçado ainda depende da assinatura de um acordo de segurança com o governo afegão.
"Só vamos manter alguma presença militar depois de 2014 se o governo afegão assinar o Acordo de Segurança Bilateral (BSA por suas siglas em inglês)", disse o alto funcionário.
"Supondo-se que o BSA seja assinado, no início de 2015 teremos 9.800 militares americanos em diferentes partes do país junto com nossos aliados da Otan e outros sócios", acrescentou.
"Para o fim de 2015, reduziremos nossa presença a aproximadamente a metade, fortalecendo nossas tropas em Cabul e na pista de aterrissagem de Bagram", afirmou.
Um ano depois, explicou a autoridade, "até o fim de 2016 vamos manter a presença normal em uma embaixada e em um escritório de assistência à segurança em Cabul, como fizemos no Iraque".
Obama visitou no domingo as forças americanas no Afeganistão e conversou rapidamente por telefone com o presidente, Hamid Karzai, que deixará o posto este ano depois da eleição de junho.
Os dois candidatos do segundo turno --Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani-- disseram que assinarão o BSA proposto por Washington se vencerem a eleição.
Atualmente, há 51.000 militares americanos mobilizados no Afeganistão, sob comando da Otan, para apoiar Cabul no combate aos rebeldes talibãs.