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EUA querem mais segurança em voos após alertas de ataques

Governo americano teme que membros de grupos afiliados à Al-Qaeda na Síria e no Iêmen estejam trabalhando juntos para tentar desenvolver explosivos que passariam despercebidos pela segurança norte-americana

3 jul 2014 - 18h39
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<p>Autoridades dos EUA temem a possibilidade de novos ataques contra aviões de passageiros</p>
Autoridades dos EUA temem a possibilidade de novos ataques contra aviões de passageiros
Foto: Getty Images

A segurança está sendo reforçada em aeroportos com vôos diretos aos Estados Unidos após alertas de que governo americano teria informações confiáveis sobre possíveis ataques da Al-Qaeda.

O governo americano teme que membros de grupos afiliados à Al-Qaeda na Síria e no Iêmen estejam trabalhando juntos para tentar desenvolver explosivos que poderiam passar despercebidos por sistemas de segurança nos aeroportos.

Uma autoridade do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos disse que a aviação segue um "alvo atrativo" a grupos internacionais e que as medidas seriam uma resposta a uma "ameaça digna de crédito", mas não deu detalhes.

Ainda não está claro em quais países serão implementadas essas medidas - sabe-se que a Grã-Bretanha estará reforçando a segurança em alguns aeroportos.

O secretário de Segurança Nacional americano, Jeh Johnson, disse em comunicado que os Estdaos Unidos estão "dividindo informação relevante com aliados estrangeiros e consultando a indústria da aviação".

Eles trabalharão para que as "medidas necessárias causem o menor transtorno possível a viajantes". As mudanças devem ser aplicadas nos próximos dias.

Qual o risco?

Para o correspondente de segurança da BBC Frank Gardner, esse reforço de segurança veio após preocupações de analistas de inteligência de que o alto conhecimento no desenvolvimento de bombas se proliferou entre integrantes da Al-Qaeda do Iêmen à Síria.

"Por cinco anos, jihadistas no Iêmen têm trabalhado em explosivos de difícil detecção por equipamentos de segurança", disse Gardner.

"O que preocupa o governo americano agora é a possiblidade de que jihadistas com passaportes europeus estejam na Síria aprendendo a armar bombas antes de retornar a seus países", disse.

Segundo Gardner, em pelo menos três ocasiões, explosivos conseguiram ser embarcados em vôos internacionais. Apenas um explodiu, matando o homem que o carregava, após o avião ter aterrissado.

Especialistas em segurança disseram à BBC que a melhor defesa contra o tipo de bombas que a Al-Qaeda pode estar desenvolvendo é a combinação de dois tipos de scanners corporais.

Um que revela dispositivos ocultos - mesmo aqueles escondidos dentro do corpo de um homem-bomba - e outro que detecta as mais pequenas partículas de resíduo explosivo.

Aeroportos em todo o mundo reforçaram as medidas de segurança após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. A segurança na cabine de aeronaves também foi reforçada.

Restrições a líquidos nas bagagens de mão foram introduzidas em 2006 após um plano para explodir sete vôos direcionados aos Estados Unidos e Canadá com bombas líquidas foi frustrado pelos serviços de segurança. Três homens por trás do plano foram condenados à prisão perpétua.

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