EUA retiram da África dois americanos doentes de Ebola
Ambas as transferências médicas deverão ser concluídas até o início da próxima semana, disse a entidade sediada na Carolina do Norte
Dois trabalhadores humanitários norte-americanos, ambos gravemente doentes depois de serem infectados com o vírus mortal Ebola na Libéria, serão levados para os Estados Unidos e tratados em isolamento em um hospital de Atlanta, disseram autoridades nesta sexta-feira.
Um avião equipado para o transporte do doutor Kent Brantly e da missionária Nancy Writebol pode levar apenas um paciente por vez, e o grupo de ajuda cristão Samaritan's Purse disse que ainda não sabe quem será levado primeiro.
Ambas as transferências médicas deverão ser concluídas até o início da próxima semana, disse a entidade sediada na Carolina do Norte.
Os pacientes chegarão na Base Aérea Dobbins, nos arredores de Atlanta, e serão transportados para uma unidade de isolamento de alta segurança no Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, de acordo com funcionários do Pentágono e do hospital.
A unidade, criada com ajuda do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, está fisicamente separada de outras áreas com pacientes e proporciona um alto nível de isolamento clínico. Há apenas quatro unidades do tipo no país.
Brantly, de 33 anos, e Writebol, de 59, faziam parte de equipes de grupos missionários que estavam ajudando nas ações contra o pior surto de Ebola da história. Mais de 700 pessoas na África Ocidental morreram da doença desde fevereiro.
O diretor do centro, doutor Thomas Frieden, disse que a agência federal ajudará a garantir que não haja risco de propagação do vírus durante o transporte dos pacientes e que contribuirá com o Emory no isolamento deles.
"O Ebola é um risco enorme na África", Frieden disse à CNN. "Não vai ser um risco enorme nos EUA."
A entidade Samaritan's Purse e o grupo missionário SIM USA também disseram que enviarão outros 60 agentes de saúde e familiares que estão na Libéria de volta aos EUA no fim de semana.