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EUA temem que Snowden revele informação secreta à China

Fontes próximas ao caso revelaram temor dos EUA de que Snowden se asile na China em troca de informação secreta americana

13 jun 2013 - 15h49
(atualizado às 16h37)
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Eric Snowden em hotel de Hong Kong em imagem divulgada pelo jornal The Guardian
Eric Snowden em hotel de Hong Kong em imagem divulgada pelo jornal The Guardian
Foto: AP

O governo dos Estados Unidos teme que Edward Snowden, o jovem que revelou a existência de programas de vigilância secretos, divulgue informação confidencial do país à China em troca de refúgio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira por altos funcionários próximos ao caso à rede de televisão ABC.

Os agentes de inteligência que estão na pista do jovem, cujo último paradeiro de que se tem notícia foi Hong Kong, estão tratando o caso como um possível assunto de espionagem internacional, aumentando o temor nos EUA de que Snowden se asile na China em troca de informação secreta americana.

"Acho que há uma preocupação real sobre isso", explicou à emissora um funcionário relacionado com o caso, enquanto outro considerou que a preocupação do governo é "muito legítima".

Homem que delatou espionagem dos EUA promete novos vazamentos:

O governo chinês mantém silêncio sobre Snowden, um gênio da informática que trabalhou como analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, enquanto veículos de imprensa oficiais chineses temem consequências para as relações bilaterais.

As revelações de Snowden, que garante também que os Estados Unidos espionam há anos a China, acrescentam nova pressão à complexa relação entre ambos os países.

Em entrevista divulgada ontem pelo diário de Hong Kong South China Morning Post, Snowden afirmou que o governo dos EUA realizou ataques cibernéticos contra a China e a ex-colônia britânica de Hong Kong durante anos. Snowden está em paradeiro desconhecido no território autônomo, onde quer permanecer e lutar contra qualquer solicitação de extradição por parte dos EUA, segundo o próprio.

Hong Kong tem um tratado de extradição com os Estados Unidos, mas, embora Washington tenha aberto uma investigação sobre o caso, até o momento não apresentou acusações contra o ex-analista de sistemas.

Snowden divulgou na semana passada aos jornais "The Guardian" e "The Washington Post" a existência de dois programas secretos através dos quais os Estados Unidos reúnem registros telefônicos e dados digitais de milhões de usuários.

O jovem passou uma década relacionado à inteligência americana, primeiro como técnico informático da CIA, baseado em Genebra, e depois como consultor em várias empresas externas de defesa que colaboram com a NSA, segundo ele mesmo revelou ao jornal britânico "The Guardian".

Segundo a Administração Obama, ambos os programas funcionam nos limites da Constituição e das leis americanos.

EFE   
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