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Ex-diretor do FBI acusa governo de mentir sobre sua demissão

8 jun 2017 - 11h47
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O ex-diretor do FBI James Comey
O ex-diretor do FBI James Comey
Foto: Reuters

O ex-diretor do FBI James Comey começou seu depoimento ao Congresso norte-americano nesta quinta-feira (8) acusando a administração do presidente Donald Trump de "mentir" sobre sua demissão e ressaltou que as "explicações ambíguas" sobre as razões de sua saída o "deixaram confuso".

De acordo com o ex-líder da entidade, até o momento de sua demissão, "me repetiram que estava fazendo um grande trabalho".

Comey afirmou ainda que o FBI "vai sobreviver sem mim" e ressaltou que a entidade é "séria, inocente e independente" nas investigações que faz. Para ele, tanto na época quando era diretor como a entidade estão sendo "difamadas" pela atual administração republicana.

Ao começar a responder as perguntas da Comissão que investiga as suposta interferência do governo russo sobre as eleições norte-americanas de 2016, Comey afirmou que não tem dúvidas sobre isso e que a posição de Michael Flynn sempre foi "muito duvidosa".

"Não há nenhuma dúvida que a Rússia interferiu nas eleições norte-americanas. Mas, eu tenho a confiança de que nenhum voto tenha sido alterado", afirmou Comey confirmando ainda que "Flynn está sob uma investigação formal do FBI" No entanto, ele afirmou que não sofreu, nem que soube que o presidente tentou interferir ou parar a investigação.

Ao ser questionado se o presidente Trump fez um ato de obstrução de justiça, o que poderia levar a um impeachment do mandatário, Comey se limitou a dizer que "não cabe a mim" fazer tal afirmação. A sessão para ouvir Comey deve seguir pelas próximas horas.

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