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Estados Unidos

Exército dos EUA ordena ampla revisão após incidentes com antraz

29 mai 2015 - 22h11
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O Exército dos Estados Unidos afirmou nesta sexta-feira que descobriu mais casos do que se pensava de embarques inadvertidos de antraz ativo, tanto nos Estados Unidos como no exterior, e ordenou uma revisão ampla das práticas direcionadas a tornar as bactérias inativas.

Esporos da variedade Sterne da bactéria antraz (Bacillus anthracis) são retratados nesta imagem de divulgação de microscópio eletrônico de varredura (MEV) obtida pela Reuters. 28/05/2015
Esporos da variedade Sterne da bactéria antraz (Bacillus anthracis) são retratados nesta imagem de divulgação de microscópio eletrônico de varredura (MEV) obtida pela Reuters. 28/05/2015
Foto: CDC / Reuters

O Pentágono revelou que 11 Estados, dois a mais do que havia reconhecido inicialmente, receberam "amostras suspeitas", assim como a Austrália e a Coreia do Sul. Antes, o órgão tinha apenas identificado um carregamento estrangeiro destinado a uma base aérea norte-americana ao sul de Seul.

"Não há nenhum risco conhecido para o público em geral, e o risco é extremamente baixo para os técnicos de laboratório", declarou o Pentágono em comunicado.

Ainda assim, em sinal de que ainda está preocupado com a extensão do problema, o Pentágono aconselhou todos os laboratórios a suspender os trabalhos com quaisquer amostras "inativas" enviadas pelo Departamento de Defesa.

Até agora, os EUA reconheceram que quatro civis norte-americanos foram submetidos a medidas preventivas que geralmente incluem vacinas contra o antraz, antibióticos, ou ambos.

Na base aérea na Coreia do Sul, 22 pessoas também foram submetidas a medidas preventivas, embora nenhuma delas tenha apresentado sinais de exposição à bactéria, disseram autoridades.

As supostas amostras da bactéria ativa identificadas até o momento parecem ter ligação com uma base do Exército norte-americano em Utah, a Dugway Proving Ground, que abriga um dos laboratórios militares responsáveis pela inativação e transporte de material biológico.

Os militares divulgaram no início desta semana que amostras suspeitas de antraz ativo provenientes da base de Dugway foram enviadas a nove Estados norte-americanos e a uma base aérea dos EUA na Coreia do Sul.

Uma autoridade dos EUA disse que essas transferências foram feitas entre março de 2014 a abril de 2015 e descobertas neste mês.

Nesta sexta-feira, autoridades norte-americanas revelaram que a amostra suspeita enviada à Austrália fazia parte de um lote de 2008 enviado da base Dugway.

Ao todo, 24 laboratórios receberam as amostras, de acordo com o Pentágono. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA já deu início a uma investigação.

(Reportagem adicional de Sharon Begley, em Nova York)

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