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Estados Unidos

Fauci: "Sinais sobre gravidade da Ômicron são encorajadores"

Principal conselheiro de Biden, Anthony Fauci ressaltou, no entanto, que os dados são preliminares

5 dez 2021 - 20h25
(atualizado às 22h07)
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Anthony Fauci, principal autoridade de doenças infecciosas nos EUA, fala a repórteres na Casa Branca
01/12/2021
REUTERS/Kevin Lamarque     
Anthony Fauci, principal autoridade de doenças infecciosas nos EUA, fala a repórteres na Casa Branca 01/12/2021 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

O principal conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para a crise gerada pela pandemia de coronavírus, Anthony Fauci, afirmou neste domingo (5) que os primeiros sinais sobre a gravidade da variante Ômicron, vindos da África do Sul, são "um tanto encorajadores". Ele ressaltou ainda que os dados sao preliminares ainda. O médico fez a afirmação em entrevista à CNN americana.

Segundo Fauci, até agora, apesar de ser cedo para tirar conclusões definitivas "não se pode dizer que (a variante) apresente um alto grau de gravidade", afirmou. "Os sinais sobre a gravidade são um tanto encorajadores."

Identificada pela primeira vez na África do Sul há menos de um mês, a variante já se espalhou por cerca de 40 países em cinco continentes e apresenta, segundo informações deste período, maior capacidade de infecção do que a variante Delta. Nos EUA, o primeiro caso foi regisrado há menos de uma semana e já está presente em 15 Estados.

Na sexta-feira (3), o diretor do programa de emergência sanitária da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que é hora de distribuir doses de forma mais igualitária ao redor do globo, não de adaptar a composição das vacinas contra covid-19 à variante Ômicron. Ele acrescentou que os imunizantes utilizados hoje são "altamente eficazes" e que, caso seja necessário "mudá-los", cientistas já estudam como.

"Agora, não há necessidade de mudar as vacinas que usamos, não há evidência que suporte isso", disse Ryan, em uma transmissão ao vivo no Youtube. "Temos vacinas altamente eficazes que estão funcionando. Temos de focar em fazer com que elas sejam mais equitativamente distribuídas. Precisamos vacinar aqueles que mais estão em risco."

Segundo Alexandre Naime Barbosa, chefe do setor de infectologia da Unesp de Botucatu (SP) e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, não é possível afirmar que a nova variante escape à cobertura oferecida pelas vacinas que já estão no mercado. Não houve tempo suficiente ou estudos que demonstrem essa hipótese. "É preciso um estudo com milhares de pacientes. Os dados por enquanto não querem dizer absolutamente nada", diz.

Ele lembra que o principal objetivo da vacina é impedir o agravamento de casos da doença. Até agora, nenhuma morte foi confirmada pela nova variante.

Estadão
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