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Furacão Laura deixa 14 mortos no sul dos EUA e perde força

Governador da Louisiana considera como 'alívio' o fato deste furacão ter provocado menos danos do que o esperado

29 ago 2020 - 09h33
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O furacão Laura, um dos mais violentos a atingir o estado de Louisiana em mais de 150 anos, deixou pelo menos 14 mortos no sul dos Estados Unidos, mas provocou menos danos daqueles que foram previstos. "Podemos ficar aliviados", disse o governador da Louisiana, John Bel Edwards, em entrevista coletiva, enfatizando que seu estado não sofreu as "devastações catastróficas" anunciadas. "Embora tenhamos sofrido muitos danos", acrescentou, como a "vida despedaçada" de milhares de habitantes.

Foto: Reuters

Em seu caminho pelo Caribe, Laura já havia causado grandes enchentes há uma semana no Haiti (31 mortes) e na República Dominicana (4 mortes), que compartilham a ilha de Hispaniola (ou Quisqueya). Transformou-se em uma tempestade tropical na tarde de quinta-feira, 27, Laura se fortaleceu novamente antes de atingir os Estados Unidos em um furacão de categoria 4 (em uma escala até 5) na quinta-feira por volta da 1h da manhã (horário local) na cidade costeira de Cameron, perto da fronteira com o Texas, no Golfo do México, com ventos sustentados de 240 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões.

Laura é o furacão mais poderoso a atingir a Louisiana em um século e meio, segundo dados coletados pelo pesquisador da Universidade do Colorado, especializado em furacões, Philip Klotzbach. O furacão deixou pelo menos 10 mortos neste estado e quatro no vizinho Texas, a maioria deles por inalações de monóxido de carbono emitido por geradores elétricos portáteis usados em ambientes fechados devido a cortes de energia. Quatro outras pessoas perderam a vida na Louisiana devido à queda de árvores em suas casas e outra se afogou depois que o vento afundou seu barco. Na sexta-feira, 28, tinham 464.813 usuários sem energia na Louisiana, de acordo com o site Poweroutage.us.

A violência do vento quebrou as janelas de um grande prédio em Lake Charles, uma cidade da Louisiana conhecida por suas refinarias de petróleo, a principal fonte econômica da região. Da mesma forma, ocorreu um incêndio em uma fábrica de produtos químicos que gerou uma nuvem tóxica gigantesca que obrigou os vizinhos a se refugiarem em suas casas

Os meteorologistas alertaram sobre o risco de inundações no norte da Louisiana e no sul do Arkansas. O presidente Donald Trump anunciou que visitará o Texas e a Louisiana neste "sábado, 29, ou domingo, 30".

Quinze anos depois do furacão Katrina, que devastou Nova Orleans e afetou profundamente o povo da Louisiana, as autoridades locais aconselharam a população a ter cautela. O governador do Texas, Greg Abbott, disse na quinta-feira que a subida das águas não foi "tão significativa quanto inicialmente esperado" e que as evacuações nas áreas costeiras provavelmente salvaram muitas vidas.

Mais de 1,5 milhão de pessoas receberam ordens de evacuação em Louisiana e Texas, regiões mais afetadas pela pandemia covid-19. Novos protocolos foram estabelecidos nos centros de acolhimento para manter o distanciamento social. A temporada de furacões no Atlântico, que dura oficialmente de 1.º de junho a 30 de novembro, parece particularmente intensa este ano. / AFP

Estadão
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