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Estados Unidos

Hillary Clinton pede que Departamento de Estado divulgue seus e-mails

5 mar 2015 - 09h29
(atualizado às 09h48)
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Hillary Clinton quebrou o silêncio sobre a polêmica envolvendo o uso de um e-mail pessoal para o trabalho quando era secretária de Estado dos Estados Unidos, dizendo que deseja que o Departamento de Estado os divulgue rapidamente.

Hillary Clinton durante discurso em jantar de gala em Washington. 03/03/2015
Hillary Clinton durante discurso em jantar de gala em Washington. 03/03/2015
Foto: Yuri Gripas / Reuters

A declaração de Hillary, na quarta-feira, busca arrefecer uma tempestade política sobre as alegações de que ela utilizou inadequadamente um e-mail pessoal para o trabalho quando estava no cargo, de 2009 a 2013.

"Eu quero que o público veja os meus e-mails", escreveu Hillary, potencial candidata presidencial democrata em 2016, em um tuíte. “Eu pedi ao departamento que os divulgue. Eles disseram que vão analisá-los para a divulgação o mais rápido possível."

A controvérsia deixou Hillary repentinamente em apuros num momento em que está planejando lançar sua pré-candidatura presidencial. O caso levou alguns democratas a se perguntarem se uma outra pessoa deveria ser seu candidata para suceder o presidente Barack Obama.

O Departamento de Estado informou que vai examinar os e-mails fornecidos por Hillary, usando um processo normal que orienta essas liberações ao público.

"Vamos realizar essa revisão o mais rapidamente possível. Dado o grande volume do conjunto de documentos, essa análise vai levar algum tempo para ser concluída", disse a porta-voz Marie Harf.

Hillary enviou a mensagem pelo tuíte horas depois que um comitê do Congresso que investiga o ataque a uma instalação diplomática dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, em 11 de setembro de 2012, emitiu uma intimação para a divulgação dos e-mails.

O comitê sobre Benghazi na Câmara dos Deputados dos EUA exigiu a apresentação de todas as comunicações de Hillary relacionados com o incidente, no qual um embaixador norte-americano foi morto.

O painel também enviou cartas a empresas de Internet dizendo-lhes para proteger todos os documentos relevantes para a investigação em curso, disse o diretor de comunicação do comitê de Benghazi, Jamal Ware, em um comunicado.

O deputado Trey Gowdy, republicano que preside o painel de Benghazi, disse a jornalistas que dentro de duas semanas ele tem de receber os documentos ou uma "explicação muito boa" para não tê-los.

Os republicanos vêm examinando as ações e comunicações de Hillary em torno do ataque em Benghazi, em que o embaixador Chris Stevens e outras três pessoas foram mortas durante um ataque a uma representação dos EUA. Os republicanos acreditam que ela não fez o suficiente para garantir a segurança dos norte-americanos na Líbia.

O deputado Elijah Cummings, principal democrata no comitê de Benghazi, disse que as ações dos republicanos o levam a crer que eles simplesmente querem atacar Hillary. Cummings observou que Colin Powell, secretário de Estado do ex-presidente George W. Bush, um republicano, tinha usado e-mails pessoais.

A polêmica sobre os e-mails parece ter pego a equipe de Hillary desprevenida.

Em uma aparição em Washington, na terça-feira à noite, ela evitou completamente o assunto em um discurso de 30 minutos em um jantar de gala de uma organização política.

O Departamento de Estado defendeu Hillary, argumentando que não havia nenhuma proibição de uso de uma conta de e-mail pessoal para assuntos do governo, desde que fosse preservada.

Mas os especialistas têm dito que o uso de e-mail pessoal é altamente incomum e a prática possivelmente deixou suas comunicações abertas a invasores.

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