Um homem deu entrada nesta segunda-feira no hospital Monte Sinai de Nova York com sintomas similares aos do ebola, e estava sendo submetido a exames para saber se tinha sido infectado pelo vírus, informou o serviço de imprensa do hospital. "Nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 4 de agosto, um paciente com febre alta e sintomas gastro-intestinais se apresentou no serviço de urgência do hospital Monte Sinai de Nova York", anunciou o centro médico em comunicado.
"O paciente tinha viajado recentemente a um país da África Ocidental, onde o ebola foi reportado. Ele foi colocado em estrito isolamento e está sendo submetido a exames médicos para determinar as razões de seus sintomas", acrescentou.
Desde 1º de agosto, 887 pessoas morreram no oeste da África, vítimas da mais recente epidemia de ebola, segundo a Organização Mundial da Saúde. Desde que apareceu em 1976, o vírus matou dois terços dos infectados.
Dois americanos, um médico e uma missionária, que trabalhavam na Libéria, foram infectados com o vírus recentemente. O doutor Kent Brantly foi repatriado no sábado para os Estados Unidos, e a missionária Nancy Writebol, que trabalhava com ele, será levada na terça-feira no mesmo avião sanitário.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que "medidas drásticas" devem ser tomadas para conter o surto de ebola na África Ocidental, que já matou cerca de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos, número de mortes e em distribuição geográfica. Na foto, uma equipe está próxima ao corpo de uma vítima
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mais de 600 casos já foram registrados na República da Guiné, onde o surto começou há 4 meses em Guekedou (foto acima). O local já foi um importante posto de troca na região, atraindo comerciantes de diversos países vizinhos.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora do controle. O MSF tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou. Outros países estão sob alerta. A foto acima mostra um paciente sendo tratado por funcionários da organização.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. E isso é só o início: o próximo passo é vômito, diarreia e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O vírus é altamente contagioso,e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação. Dependendo da força, até 90% dos infectados morrem. Na foto, pacientes esperam resultado de exames de sangue
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Além de cuidar da clínica, a equipe tenta conscientizar as pessoas sobre a doença. No bairro de Touloubengo, colchões são distribuídos a cinco famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu. Enquanto não há um tratamento específico para o ebola, a equipe tenta fortalecer os pacientes tratando os sintomas.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mas nem todos se salvam. Nessa foto, a família de Finda Marie Kamano, incluindo sua irmã (centro), e outros membros da comunidade, estão presentes em seu funeral próximo a sua casa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
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A doença é relativamente difícil de se contrair e o vírus por si não é muito resistente, pois pode ser combatido com sabão e água quente. Para ser transmitido, o vírus precisa do contato com fluidos corporais: sangue, vômitos, saliva, suor e excrementos. Apesar da falta de uma vacina, o tratamento - hidratação, paracetamol contra a febre e antibióticos para as possíveis infecções - pode ajudar a vencer o vírus, cuja taxa de mortalidade varia entre 25% e 90%.
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