Homem será libertado após quase 30 anos no corredor da morte
Especialistas não conseguiram determinar se as balas que atingiram dois gerentes de uma lanchonete no Alabama partiram da arma encontrada na casa do condenado
Um homem que ficou por quase três décadas no corredor da morte no Estado do Alabama, nos Estados Unidos, deve ser libertado sob as ordens de uma juíza local, disseram autoridades nesta quinta-feira.
A expectativa é que Anthony Ray Hinton saia na sexta-feira de uma prisão no condado de Jefferson, disse um porta-voz do Departamento Correcional do Alabama.
Promotores decidiram não pedir um novo julgamento sobre o caso de 1985, em que dois gerentes de uma lanchonete foram mortos a tiros, após especialistas não conseguirem determinar se as balas que atingiram as vítimas foram atiradas da arma encontrada na casa de Hinton, de acordo o procurador distrital John Bowers.
Após mais de 40 anos, condenado à morte tem segunda chance:
“Estou absolutamente emocionado. Nada me mantinha acordado à noite mais do que o destino do sr. Hinton”, disse o advogado de defesa, Bryan Stevenson, diretor de uma entidade de defesa da justiça igualitária sediada no Alabama. Ele trabalhou no caso por 16 anos.
“Acho que nunca tive um caso que exemplificasse tanto os problemas do nosso sistema de justiça criminal”, acrescentou Stevenson.
A juíza do Alabama Laura Petro rejeitou a reabertura do caso nesta quinta-feira, pouco mais de um ano após a condenação de Hinton ter sido revertida pela Suprema Corte dos EUA.
Hinton, de 59 anos, está preso desde os 29 anos, a maior parte do tempo sozinho em uma cela do corredor da morte, de acordo com seu advogado, que disse que seu cliente estava emocionado na quarta-feira à noite, antes da audiência sobre seu caso.
“Ele está simplesmente radiante”, disse Stevenson.
Hinton planeja se hospedar com um amigo de infância ao ser libertado, disse Stevenson. Sua mãe morreu enquanto ele estava na prisão e ele não possui nenhum outro familiar na região.
Lawrence Russell Brewer, acusado de assassinato em primeiro grau pela morte de James Byrd Jr. A vítima foi amarrada a uma caminhonete e arrastada até a morte por uma estrada na área rural do Texas. Para sua última refeição, ele pediu: 2 bifes de frango frito com molho e cebolas em rodelas, 1 cheeseburguer triplo com bacon, 1 omelete de queijo com carne moída, tomate, cebola, pimentão, e jalapenos, 1 tigela de quiabo frito com ketchup, 1 quilo de carne de churrasco com meia fatia de pão branco, 1 pizza, 1 litro de sorvete Blue Bell, pasta de amendoim e cerveja. Não comeu nada do que pediu
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Gary Heidnik sequestrou, torturou e estuprou seis mulheres e as manteve prisioneiras em um porão na Filadélfia. Sua última refeição foi: 2 pedaços de pizza de queijo e 2 xícaras de café
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John Wayne Gacy, "o palhaço assassino", matou pelo menos 29 garotos. Ele pediu um balde frango a passarinho, morangos, batata frita e camarão empanado
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Karla Faye Tucker, acusada de ter matado um homem com uma picareta, em Hostoun, solicitou uma salada verde com molho ranch (combinação de soro de leite, sal, alho, cebola, ervas e especiarias), uma banana e um pessêgo
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Aileen Wuornos, uma das mais conhecidas assassinas em série dos Estados Unidos, recusou uma última refeição, mas bebeu uma xícara de café de morrer
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Mark Dean Schwab estuprou e matou uma menina de 11 anos. Sua última refeição foi composta de bacon, salsicha, ovos fritos, batatas fritas, torradas com manteiga e leite com chocolate
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Philip Workman matou um policial após um roubo a um restaurante de Memphis, no Tennessee. Antes de morrer ele pediu uma pizza de vegetais que foi doada a um sem- teto
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Ruth Snyder matou o marido na dácada de 1920. Frango parmesão com massa Alfredo, sorvete, 2 milkshakes e um engradado de refrigerante de uva foram sua última refeição antes de ser eletrocutada
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Ted Bundy, um dos maiores assassinos em série dos Estados Unidos, recebeu uma refeição tradicional: carne e ovos, mas não comeu
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Teresa Lewis, que encomendou o assassinato do marido e do enteado, comeu 2 peitos de frango fritos, bolo de chocolate alemão, ervilhas e refrigerante Dr. Pepper antes de ser executada
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Timothy McVeigh, autor do atentado de Oklahoma City em 1995, comeu 2 litros de feijão e sorvete de chocolate com menta da Ben & Jerry's antes de morrer
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A assassina em série Velma Barfield fez seis vítimas e antes de morrer pediu 1 saco de salgadinhos de queijo e uma lata de Coca-Cola
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William Bonin, que torturou, estuprou e matou ao menos 21 garotos no início da década de 1980, comeu uma pizza de pepperoni e salsicha, 3 porções de sorvete de chocolate e 15 latas de Coca-Cola antes da execução
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