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Homenagem às vítimas de atentado em Boston comove o público

Ataques, que deixaram três mortos e 264 feridos no ano passado, também foram lembrados em Washington, sob um discurso do presidente Barack Obama

15 abr 2014 - 17h41
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<p>Ex-prefeito de Boston, Thomas Menino, prefeito Marty Walsh, vice-presidente dos EUA, Joe Biden, o governador Deval Patrick, e Tom Grilk, Diretor Executivo da Associa&ccedil;&atilde;o Atl&eacute;tica de Boston est&atilde;o juntos durante a cerim&ocirc;nia</p>
Ex-prefeito de Boston, Thomas Menino, prefeito Marty Walsh, vice-presidente dos EUA, Joe Biden, o governador Deval Patrick, e Tom Grilk, Diretor Executivo da Associação Atlética de Boston estão juntos durante a cerimônia
Foto: AFP

Com a promessa de não esquecer e continuar curando suas feridas com generosidade e união, a cidade de Boston (Massachusetts) prestou uma homenagem nesta terça-feira às vítimas do atentado ocorrido há um ano na linha de chegada de sua tradicional maratona.

Os ataques, que deixaram três mortos e 264 feridos, também foram lembrados em Washington, onde o presidente Barack Obama destacou "a incrível coragem e liderança de tantos moradores de Boston depois de uma tragédia terrível" - de acordo com a declaração divulgada pela Casa Branca.

Em Boston, as homenagens ocorreram no local dos atentados e no Centro de Convenções e Memorial de Veteranos de Hynes, ambos localizados na rua Boylston.

Na tarde de 15 de abril de 2013, duas bombas artesanais, supostamente fabricadas pelos irmãos de origem tcheca Dzhokhar e Tamerlan Tsarnaev, explodiram na linha de chegada da maratona mais antiga do mundo, no ataque terrorista mais grave nos Estados Unidos desde o 11 de Setembro de 2011.

Os autores foram identificados dias depois, graças a imagens de câmeras de segurança. Tamerlan, de 26 anos, foi morto pela polícia em 19 de abril, depois de ter matado um oficial.

Já Dzhokhar, hoje com 20 anos, foi preso horas mais tarde e atualmente espera seu julgamento. É acusado de 30 crimes, e o governo americano anunciou em 30 de janeiro que pedirá a pena de morte.

Nesta terça, o vice-presidente americano Joe Biden liderou a principal cerimônia em homenagem às vítimas e aos sobreviventes no Centro de Convenções.

"Ao longo de minha carreira, participei de vários tributos, mas nunca vi um tributo como esse. É um dia importante para a nação, para os Estados Unidos", declarou Biden, ressaltando a coragem da cidade para seguir em frente após os ataques traumáticos.

"Vocês se tornaram o rosto da determinação dos Estados Unidos", acrescentou.

Estiveram presentes na cerimônia o governador de Massachusetts, Deval Patrick, o prefeito de Boston, Martin J. Walsh, e seu antecessor, Thomas Menino.

Muito emocionado, Menino, primeira autoridade a discursar no evento, disse que Boston está "curando suas feridas" e destacou a "compaixão e generosidade" de seus cidadãos.

Na presença de uma dúzia de pessoas que tiveram amputações devido aos ferimentos sofridos nos ataques, houve discursos de familiares das vítimas e de sobreviventes.

Às 14h30 locais (15h30 de Brasília), horário em que as bombas foram deflagradas, foi içada a bandeira americana e se fez um breve momento de silêncio na linha de chegada da maratona.

Disputada desde 1897, este ano, a maratona de Boston será realizada em 21 de abril.

Os organizadores ampliaram o número de inscritos, que nos últimos anos era de 27 mil, para 36 mil. O recorde é o da corrida de 1996, quando 38.708 comemoraram o centenário da prova.

Entre as novas medidas de segurança, foi anunciada para os participantes a proibição de mochilas, garrafas de vidros e qualquer recipiente que contenha mais de um litro de líquido.

Para os espectadores, é aconselhável cumprir as mesmas normas. Nenhum dos objetos está proibido, mas foi avisado que quem não seguir as recomendações será submetido a inspeções.

No ano passado, os irmãos Tsarnaev, que se passavam por espectadores, esconderam as bombas em mochilas, que foram abandonadas perto da chegada.

Também será disponibilizado um sistema de alerta para "compartilhar informações importantes sobre a segurança pública" através de um aplicativo para celulares.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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