FBI abre casa de suspeitos de massacre e gera polêmica
Dezenas de veículos de comunicação e curiosos que passavam pelo local foram autorizados a entrar nesta sexta-feira no domicílio dos suspeitos do tiroteio de San Bernardino, na Califórnia (EUA), que na quarta-feira deixou pelo menos 14 mortos e 21 feridos.
Os jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos entraram na casa de Syed Farook e sua esposa, Tashfeen Malik, situada na cidade de Redlands, perto de San Bernardino, após a autorização do proprietário, que havia garantido que a polícia o devolveu o controle total do imóvel.
O cenário caótico foi exibido ao vivo por diversas emissoras de televisão. Os jornalistas, que abriram armários e vasculharam todos os cantos, também documentaram a entrada na residência pelas redes sociais, focando em objetos como o berço do bebê do casal e seus documentos de identificação pessoais.
Entre os objetos da casa estava uma cópia do Corão e uma folha com a lista de bens confiscados pelas autoridades, entre os quais figuram luzes natalinas, um iPhone, várias caixas e bolsas com munição, cartas, um passaporte e acessórios para armas.
Vários analistas consultados pela emissora CNN admitiram estar "surpreendidos" pelo fato de que a imprensa tenha sido autorizada a entrar na casa e "poluído" a cena.
"O que estou vendo me dá calafrios. O apartamento está cheio de indícios, documentos, impressões digitais. Esse lugar ainda deveria estar fechado, estou muito surpreso. A cena do crime está sendo totalmente destruída", declarou Harry Houck, especialista em segurança.
Em entrevista coletiva diária, Josh Earnest, porta-voz do presidente americano, Barack Obama, informou que "terá que perguntar ao FBI e às autoridades locais se a imprensa tinha acesso" ao local.
Após a polêmica causada, um porta-voz do FBI (polícia federal americana) em Los Angeles consultado pela emissora "CBS" disse que a investigação na casa tinha sido concluída na quinta-feira.
Veja mais fotos: