Agências de inteligência dos Estados Unidos e de países aliados fizeram a avaliação preliminar de que as forças sírias usaram armas químicas em um ataque próximo a Damasco nesta semana, provavelmente com aprovação do alto escalão do governo de Bashar al-Assad, segundo fontes de segurança norte-americanas e europeias.
As conclusões iniciais devem intensificar a pressão sobre o presidente norte-americano, Barack Obama, por uma ação mais incisiva por parte dos Estados Unidos, embora ele já tenha sinalizado que pretende manter uma posição cautelosa.
Sob anonimato, fontes ouvidas pela Reuters ressaltaram que a avaliação é preliminar e que, a nesta etapa, a busca por provas conclusivas ainda pode levar dias, semanas ou mais.
Em suas primeiras declarações sobre o caso, Obama disse à emissora CNN que o suposto ataque da madrugada de quarta-feira nos subúrbios de Damasco foi "claramente um fato grande, de grave preocupação", mas salientou a importância de respeitar o direito internacional na resposta ao incidente, e alertou para os custos humanos e financeiros de um eventual envolvimento norte-americano em disputas externas.
Autoria de ataque químico na Síria é desconhecida:
Membros do Conselho de Segurança Nacional, do Pentágono, do Departamento de Estado e das agências de inteligência se reuniram na noite de quinta-feira na Casa Branca, mas não prepararam nenhuma recomendação ao presidente, segundo funcionários. Outras discussões estão programadas.
Uma fonte oficial admitiu que os participantes expressaram "pontos de vista diferentes", mas negou que haja uma grave divisão no governo dos Estados Unidos sobre a Síria, tema que já provocou divergências internas anteriormente.
"Não é que as pessoas estejam gritando umas com as outras", disse a fonte.
Potências internacionais, inclusive a Rússia, pedem que o governo sírio coopere com uma investigação da ONU sobre o incidente. Inspetores internacionais já estavam em Damasco desde domingo para apurar suspeitas anteriores de uso de armas químicas, em incidentes considerados menos graves do que o desta semana.
A oposição síria diz que centenas de pessoas morreram enquanto dormiam por causa do ataque com armas químicas em subúrbios de Damasco dominados pelos rebeldes. O governo sírio nega ter cometido o ataque e não respondeu aos apelos internacionais sobre uma investigação independente.
Embora a avaliação preliminar dos EUA seja de que a cúpula do regime sírio autorizou o ataque, uma fonte oficial disse que não se descarta que um comandante local tenha decidido por conta própria disparar foguetes que emanam gás, preparando uma possível ofensiva terrestre.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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