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Jornal revela debate no Partido Democrata sobre era pós-Obama

16 fev 2014 - 20h58
(atualizado às 20h59)
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Embora faltem três anos para o fim do segundo mandato do presidente Barack Obama, os integrantes do Partido Democrata já começaram a debater os passos até 2016, ano das próximas eleições, apontou neste domingo o jornal "The Washington Post".

A publicação revela que existe mais união entre os democratas para discutir a era "pós-Obama" do que entre os republicanos, apesar de revelar algumas tensões internas no partido.

Os nomes do prefeito recém-eleito de Nova York, Bill de Blasio, e da senadora por Massachusetts, Elizabeth Warren, aparecem com os de maior inclinação social e de esquerda, o que alguns acusam de populismo.

De Blasio, 52 anos, ganhou de forma arrasadora a corrida pelo comando da "Big Apple" através de uma campanha centrada na desigualdade econômica e na falta de oportunidades para os pobres, assuntos que marcaram toda sua vida política.

Casado com uma ativista negra, sete anos mais velha que ele, e lésbica até que o conheceu, De Blasio é considerado por analistas como membro de uma família contemporânea, o que pode ter ajudado a impulsionar sua popularidade.

Nesta semana, os membros do Partido Democrata se reuniram em Cambridge, para traçar os perfis dos candidatos ideais para 2016. Identificada como mais à esquerda nos últimos anos, a legenda não chega a ser dominada por progressistas, nem suas mensagens chegam a mobilizar a todos, mas estas vozes começam a ser ouvidas com mais vigor. "Nada mobiliza mais um partido do que imitar seus membros de sucesso", afirmou ao jornal Andrew Stern, ex-presidente do Service Employees International Union, sindicato que reúne funcionários públicos, empregados do sistema de saúde do país e de alguns outros setores, se referindo justamente a De Blasio e Warren.

No entanto, o próprio Stern admitiu que o maior teste que os democratas têm é conseguir "calar" os ideais mais esquerdistas em lugares cujo DNA não seja de tendência liberal, citando Minnesota, Wisconsin, Novo México e Arizona como desafios.

Segundo analistas, a era Obama intensificou a discussão sobre se os democratas são ideologicamente mais de esquerda que duas décadas atrás e parecem se definir entre as influências da era Clinton com as políticas mais liberais, e as mudanças culturais surgidas na atual gestão.

EFE   
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