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Jornalista chega aos EUA após dois anos sequestrado na Síria

Peter Theo Curtis chegou em Nova Jersey e foi para Boston, onde se encontrou com sua mãe

27 ago 2014 - 07h23
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Foto fornecida pela família do jornalista, mostra ele com sua mãe após o voo de Tel Aviv a Nova Jersey - retorno após dois anos sequestrado
Foto fornecida pela família do jornalista, mostra ele com sua mãe após o voo de Tel Aviv a Nova Jersey - retorno após dois anos sequestrado
Foto: Arquivo pessoal / AFP

O jornalista americano Peter Theo Curtis voltou nesta terça-feira ao seu país após dois anos sequestrado na Síria pela Frente Al Nusra, afiliada a Al Qaeda, depois de sua libertação ter sido divulgada no domingo, informou sua família em comunicado.

Curtis, de 45 anos, voou de Tel Aviv, em Israel, para Newark, em Nova Jersey, e dali foi para Boston, onde se reencontrou com sua mãe, Nancy Curtis.

"Estarei eternamente em dívida com os oficiais americanos que trabalharam em meu caso. E quero agradecer especialmente ao governo do Catar por intervir por mim", afirmou Curtis na nota.

A mãe do jornalista explicou no domingo que o governo do Catar negociou para conseguir sua libertação por motivos "humanitários", quando expressou seu "profundo agradecimento aos governos dos Estados Unidos e do Catar e aos muitos indivíduos, privados e públicos, que ajudaram a negociar a libertação" de seu filho.

A sorte de Curtis corria perigo depois da divulgação de um vídeo que mostrava outro jornalista americano, James Foley, ser decapitado pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Síria quase dois anos após ter sido sequestrado.

Curtis teve sorte diferente quando foi entregue as forças de paz da ONU na cidade de Al Rafid, na província síria de Quneitra, nas Colinas de Golã, na fronteira com Israel.

O jornalista foi sequestrado na cidade turca de Antakia, quando tentava entrar na Síria para cobrir o conflito que tinha explodido um ano antes, fomentado pela "primavera árabe" que se estendeu pelo Magrebe e pelo Oriente Médio.

O final feliz deste sequestro pode estar vinculado ao fato de seus sequestradores, a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, ter rompido com o EI, que utiliza métodos mais brutais.

EFE   
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