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Milhares declaram apoio a Snowden em protesto contra espionagem nos EUA

26 out 2013 - 18h09
(atualizado às 18h12)
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<p>Em cartaz, manifestante agradece a Edward Snowden por vazar dados de vigil&acirc;ncia americana</p>
Em cartaz, manifestante agradece a Edward Snowden por vazar dados de vigilância americana
Foto: AFP

Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado em Washington para pedir a cessação da espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e gritaram palavras a favor do ex-agente da NSA Edward Snowden, que filtrou milhares de documentos de inteligência.

"Atualmente, a NSA está espionando as comunicações pessoais de todo mundo e está operando sem supervisão de verdade", disse a nota da convocação, que agrupou mais de cem grupos pró-direitos civis.

O próprio Snowden, que se encontra como asilado político na Rússia há alguns meses, divulgou um comunicado de apoio à manifestação. "Hoje em dia, nenhum telefone dos EUA realiza uma chamada sem que seja registrada na NSA. Nenhuma transação pela internet entra ou sai dos EUA sem passar pelas mãos da NSA. Nossos legisladores no Congresso nos dizem que não é vigilância. Estão equivocados", indicou o ex-agente.

A manifestação, convocada sob o lema "Detenham a vigilância em massa", saiu da estação de trem Union Station e terminou perante o Congresso dos EUA, no centro da capital americana, com cartazes que diziam "Obrigado, Edward Snowden" e "Espionar é censura".

Nesta semana, os líderes europeus mostraram indignação diante das novas revelações da indiscriminada espionagem americana, que foi feita inclusive no telefone pessoal de alguns deles, como o da chanceler alemã Angela Merkel. No entanto, a manifestação de hoje em Washington foi centrada mais no âmbito doméstico e na falta de controle dos organismos de inteligência americano por seus cidadãos.

Uma das principais coordenadoras do protesto, Rainey Reitman, do grupo Electronic Frontier Foundation, destacou em seu discurso que exigem uma maior "supervisão" das atividades de inteligência e "aumentar a transparência" destes programas. "Não nos podem fazer escolher entre liberdade e segurança", disse Rainey.

EFE   
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