A paralisação do governo dos EUA vai minar a credibilidade americana no exterior e levar aliados a questionar o comprometimento dos EUA com obrigações de tratados, advertiu nesta terça-feira o chefe de defesa dos EUA, que se prepara para colocar 400 mil trabalhadores civis em licença sem remuneração.
O secretário de Defesa, Chuck Hagel, em visita a Coreia do Sul para celebrar os 60 anos do tratado de defesa mútua das duas nações, disse que os advogados do Pentágono estão analisando uma nova lei aprovada pelo Congresso para ver se mais trabalhadores civis podem ser poupados das licenças.
Mas, no momento, quando os 800 mil civis do departamento se apresentarem para o trabalho nesta terça-feira, cerca de metade será informada que não está isenta da lei da paralisação do governo e solicitada a voltar para casa, disse Hagel a repórteres.
O Pentágono e outras agências do governo dos EUA começaram a implementar planos de paralisação nesta manhã, depois que o Congresso não conseguiu chegar a um acordo para o financiamento do governo federal no ano fiscal que começou nesta terça-feira.
Uma medida de última hora aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Barack Obama vai garantir que 1,4 milhão de funcionários militares do Pentágono em todo o mundo continuem a receber salários durante a paralisação. Eles eram obrigados a trabalhar sob a lei anterior, mas não receberiam salário até que o Congresso aprovasse o financiamento.
A nova lei também assegura que os civis que são obrigados a trabalhar, apesar da paralisação, também sejam pagos, segundo Hagel. Mas sob a lei, qualquer pessoa que não esteja diretamente envolvida na proteção de vidas e bens não são consideradas isentas e devem ser colocadas de licença.
O chefe do Pentágono disse que desde que chegou a Seul, na noite de domingo, tem sido questionado por autoridades sul-coreanas sobre a paralisação do governo dos EUA. "Isso tem um efeito sobre nossos relacionamentos ao redor do mundo e leva direto à pergunta óbvia: você pode contar com os Estados Unidos como um parceiro de confiança para cumprir os compromissos com seus aliados?", disse Hagel a repórteres.
1º de outubro - Policial faz a segurança atrás de barricada com placa em que se lê "Por causa da paralisação do governo federal todos os parques nacionais estão fechados", em frente ao Lincoln Memorial, em Washington
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1º de outubro - Membro da polícia de parques dos EUA coloca fita para fechar o acesso ao Lincoln Memorial, em Washington
Foto: AP
1º de outubro - O prédio do Capitólio, em Washington, é refletido na água na manhã desta terça-feira, no dia seguinte após os congressistas não chegarem a um acordo para impedir a paralisação do governo americano
Foto: AP
1º de outubro - Grades impedem o acesso ao Memorial da Segunda Guerra Mundial, em Washington
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1º de outubro - Aviso alerta os visitantes para o fechamento do Museu Nacional de História Americana, em Washington
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1º de outubro - Turistas se reúnem em frente a grades que impedem o acesso ao monumento National Mall, em Washington
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1º de outubro - Aviso alerta para o fechamento do Museu Nacional Aeroespacial, em Washington
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1º de outubro - Policial ajusta placa que alerta sobre o fechamento do Lincoln Memorial, em Washington
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1º de outubro - Sinal vermelho próximo ao Capitólio, em Washington
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1º de outubro - Em Nova York, a estátua da Liberdade também ficou fechada
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1º de outubro - Um impasse como esse não aconteceia há 17 anos
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1º de outubro - O Monte Rushmore fica em Keystone, na Dakota do Sul
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1º de outubro - Casal que viajou da Carolina do Sul para ver o Monte Rushmore, localizado na Dakota do Sul, encontrou o parque nacional do monumento fechado em função do embate entre governo e oposição nos EUA
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2 de outubro - Pete Bolinger, veterano da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coreia, senta solitário em banco do Memorial da grande guerra em Washington
Foto: AFP
2 de outubro - Barricadas impedem a entrada de funcionários e visitantes em frente ao Museu Nacional do Índio Americano, em Washington
Foto: AP
2 de outubro - O deputado federal republicano Louie Gohmert conduz visitantes em um tour no Capitólio, em Washington
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2 de outubro - Equipe envolvida em construção trabalha a portões fechados no Zoológico Nacional, em Washington
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2 de outubro - Seguranças conferem identidade de motorista na entrada do Zoológico Nacional, em Washington; o zoológico é um dos tantos pontos turísticos que
Foto: Reuters
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"Republicanos não fazem política, fazem chantagem", diz professor:
"Se paralisação fosse aqui seríamos chamados de incompetentes", diz professor:
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