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Morre último tripulante de avião que bombardeou Hiroshima

Van Kirk era o último homem com vida dos 12 tripulantes do bombardeiro B-29 "Enola Gay", o primeiro avião a lançar uma bomba atômica: o ataque sobre a cidade de Hiroshima que deixou mais de 100 mil mortos

30 jul 2014 - 00h04
(atualizado às 00h23)
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No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou da missão que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial
No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou da missão que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial
Foto: The Macon Telegraph, Beau Cabell / AP

O último tripulante vivo do avião que lançou a bomba atômica sobre Hiroshima, o oficial de navegação Theodore "Dutch" Van Kirk, morreu na segunda-feira, aos 93 anos, de morte natural em Stone Mountain, no Estado americano da Geórgia, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Van Kirk era o último homem com vida dos 12 tripulantes do bombardeiro B-29 "Enola Gay", o primeiro avião a lançar uma bomba atômica: o ataque sobre a cidade japonesa de Hiroshima que deixou mais de 100 mil mortos.

No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou como navegador daquela missão que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial.

Três dias após o primeiro ataque nuclear da história, os Estados Unidos lançaram outra bomba atômica, matando 80 mil pessoas em Nagasaki. No dia 15 de agosto de 1945, o Japão se rendeu e a guerra teve fim.

No 50º aniversário dos bombardeios, Van Kirk comentou em entrevista que, durante a missão, se sentiu "aliviado" no instante após o lançamento. "Apesar de estarmos lá em cima, no ar, e que ninguém no mundo sabia o que tinha acabado de acontecer, sentimos que a guerra tinha acabado ali, que era apenas questão de tempo", disse.

Além disso, defendeu em vários comparecimentos públicos que "é muito difícil falar de moralidade e guerra na mesma frase". "Acho que quando você está em uma guerra, um país deve ter a coragem de fazer o que for necessário para ganhar a guerra com o menor número de vítimas possível", acrescentou.

Ataque destruiu a cidade de Hiroshima e deixou mais de 100 mil mortos
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Foto: Keystone / Getty Images
EFE   
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