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Mulher de atirador de Orlando sabia do ataque, dizem fontes

Ela teria levado o marido à boate para estudar o local do crime.

15 jun 2016 - 06h02
(atualizado às 07h58)
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Foto: Reprodução

A mulher do atirador que matou 49 pessoas numa casa noturna gay em Orlando no último domingo sabia que ele planejava o ataque, segundo a agência de notícias Reuters. Uma fonte teria informado que um inquérito para apurar o envolvimento de Noor Salman pode ser aberto nesta quarta-feira (15).

A CNN também noticiou indícios de envolvimento da mulher no ataque. "Parece que ela sabia o que estava acontecendo", afirmou Angus King, membro do Comitê de Inteligência do Senado americano à emissora.

Segundo a rede de televisão NBC News, Noor Salman disse à polícia que tentou impedir que o marido, Omar Matten, cometesse o massacre, mas também relatou ao FBI que uma vez o levou de carro até o clube Pulse para que ele examinasse o local.

Mateen, de 29 anos, e Salman, de 30, se casaram em 2011, três meses depois de ele oficializar o divórcio com a ex-mulher Sitora Yusifiy. Em depoimento à polícia, ela disse que o ex-marido era violento e instável.

Salman, de pais palestinos, nasceu em Rodeo, na Califórnia, e conheceu Mateen pela internet. O casal vivia em Fort Piece, na Flórida, e tinha um filho de três anos.

Comportamento contraditório

Nesta terça-feira, frequentadores da Pulse disseram que já haviam visto Mateen na boate gay. Ao menos duas testemunhas disseram que já tinham trocado mensagens com o atirador em aplicativos de encontros gay, como o Grindr e o Jack'd.

"Ele parece ter sido um jovem instável, bravo e com distúrbios, que se radicalizou", afirmou Obama nesta terça-feira. Investigadores do FBI informaram que Mateen se radicalizou pela internet.

Durante o ataque, ele ligou para o número de emergência da polícia e jurou lealdade ao grupo "Estado Islâmico" (EI), além de "saudar" os irmãos Tsarnaev, autores do atentado da Maratona de Boston, em 2013.

Um sobrevivente contou a jornalistas que o ex-vigilante atirava nas pessoas que já estavam caídas no chão para garantir que estivessem mortas. Angel Colon, que estava entre corpos e pessoas feridas, levou um tiro na mão e no quadril. "Eu olhei ao redor e vi que ele atirou na garota do meu lado. Eu estava deitado e pensando: 'Sou o próximo, estou morto'", contou em entrevista no Centro Médico Regional de Orlando.

KG/ap/rtr

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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