Namorada de atirador de Las Vegas chega aos EUA

4 out 2017 - 09h31

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Marilou Danley, a namorada do atirador Stephen Paddock, que cometeu o massacre de domingo (1) em Las Vegas, voltou hoje (4) aos Estados Unidos e deverá prestar depoimento à polícia.

A mulher de 62 anos estava nas Filipinas, seu país de origem, quando Paddock atirou da janela do seu quarto, no 32º andar do resort Mandalay Bay Casino, contra 22 mil pessoas que assistiam ao festival de música country "Route 91 Harvest".

Ao menos 59 pessoas morreram e 500 ficaram feridas no ataque, considerado o maior com arma de fogo já ocorrido nos EUA. Marilou Danley não será presa nem é considerada cúmplice do atirador.

A polícia a classifica apenas como uma "pessoa de interesse" no caso, que pode ajudar a descobrir os motivos que levaram Paddock a cometer o massacre. Seus documentos foram encontrados com Paddock, que os utilizou para fazer a reserva no hotel, onde estava hospedado desde o dia 28 de setembro. Na casa do casal, em Mesquite, e no quarto do hotel, foram encontradas mais de 42 armas, entre pistolas e fuzis.

O atirador modificou algumas das armas para que aumentassem sua potência de disparo, além de instalar câmeras dentro e fora do quarto para detectar a movimentação da polícia.

O autor do ataque cometeu suicídio assim que os agentes chegaram ao seu quarto. Paddock não tinha antecedentes criminais nem infrações de trânsito. Ele era um jogador assíduo de cassinos. A polícia tenta descobrir o que levou o homem, um contador aposentado, a cometer o crime.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará hoje uma visita a Las Vegas para homenagear as vítimas e acompanhar as investigações do massacre. Mas o magnata republicano deve evitar, mais uma vez, citar o debate do porte de armas nos EUA durante seus pronunciamentos em Las Vegas. Isso porque boa parte dos eleitores de Trump apoia a venda de armas de fogo no país.