Natalie Cole, a herdeira de "Unforgettable" na nobreza do jazz
A cantora americana de jazz e R&B Natalie Cole morreu aos 65 anos no último dia de 2015, em Los Angeles, nos Estados Unidos, após uma vida musical em que seguiu os passos do pai, Nat King Cole.
Natalie nasceu em 1950, um ano antes do pai se consagrar definitivamente, com um dos mais marcantes sucessos da história da música, a canção "Unforgettable".
A menina cresceu cercada pela realeza do jazz, com o pai no trono e a mãe, Maria Hawkins Cole, sendo a voz do compositor e pianista Duke Ellington.
Pela casa da família passaram estrelas como Peggy Lee, Danny Thomas, Lena Horne, Dorothy Dandridge, Ela Fitzgerald e Louis Armstrong, o que predestinou uma carreira de sucesso no meio artístico.
Aos seis anos, Natalie gravou com o Nat King Cole um álbum de canções natalinas.
Passados nove anos, a jovem perdeu o pai, vítima de câncer, em um dos mais duros golpes que sofreu.
Em 1975, om 25 anos apenas, emplacou o primeiro grande sucesso, com o single "This Will Be (An Everlasting Love)", que rendeu dois Grammys e começou a torná-la uma referência no R&B.
O legado do pai foi revisitado em 1991, com álbum de versão batizado de "Unforgettable...With Love", que arrebatou seis Grammys e venceu 14 milhões de cópias por todo o mundo.
O sucesso redimiu Natalie da juventude marcada pelo vício em heroína que a consumiu até os anos 80. A reabilitação posterior, contudo, não a livrou das sequelas.
Em 2008, foi diagnosticada com hepatite C e um ano depois teve que ser submetida a um transplante de rim, que a debilitou até o fim da vida.
A cantora teve que cancelar vários shows nos últimos três meses, por problemas de saúde, e na semana passada acabou internada outra vez, não saindo mais do hospital.
"Com tristeza lhes informamos que nossa mãe e irmã faleceu. Natalie lutou de maneira valente e morreu como viveu: com dignidade, força e honra", afirma a nota divulgada pela família nesta sexta-feira.
Após a divulgação da morte da estrela, personalidades da música e do showbussiness, além de líderes da comunidade negra, como o reverendo Jessie Jackson, homenagearam Natalie e suas indiscutíveis contribuições à história da música.