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Estados Unidos

Nova York dará documento de identidade aos imigrantes ilegais neste ano

Estima-se que meio milhão de pessoas estejam em situação ilegal na cidade de Nova York

10 fev 2014 - 19h09
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O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou nesta segunda-feira, 10, que sua administração oferecerá documentos de identificação aos imigrantes ilegais ainda neste ano, uma medida que, segundo ele, permitirá que os mesmos saiam "das sombras".

Bill de Blasio, prefeito de Nova York, discursa durante cerimônia do Super Bowl
Bill de Blasio, prefeito de Nova York, discursa durante cerimônia do Super Bowl
Foto: AP

"A cidade de Nova York é o lar de todos os que vivemos aqui. Não deixaremos que nenhum de nossos residentes viva nas sombras", afirmou De Blasio durante um discurso sobre o atual estado da cidade, no qual anunciou o projeto direcionado aos imigrantes ilegais.

Calcula-se que em Nova York haja cerca de meio milhão de pessoas em situação ilegal, as quais, segundo o prefeito, "não costumam ser escutadas com muita frequência", lamentou.

De Blasio anunciou que seu objetivo é emitir cartões de identidade municipais "para todos os nova-iorquinos durante este ano", independente "de seu status migratório".

O objetivo é que nenhum habitante da cidade esteja impossibilitado de abrir contas bancárias, alugar imóveis ou, simplesmente, tirar um cartão de biblioteca, já que todos esses documentos carecem de uma cédula de identidade.

O prefeito se dirigiu diretamente aos imigrantes ilegais, dizendo que a cidade de Nova York "não obrigará nenhum de seus residentes a viver nas sombras".

Nos últimos anos, outras cidades americanas também aprovaram este tipo de identificação, caso de Los Angeles, San Francisco, Oakland (Califórnia), Washington e New Haven (Connecticut).

Em 2007, Hiram Monserrate, então vereador democrata de Nova York, apresentou um projeto de lei para outorgar documentos de identidade aos imigrantes ilegais, depois que New Haven, a primeira cidade do país a adotar essa postura, começassem a entregar o documento aos imigrantes residentes da comunidade. No entanto, na ocasião, o projeto não foi aprovado.

Em seu discurso de hoje, realizado em um colégio universitário no condado de Queens, De Blasio repassou as medidas que tomou durante o primeiro mês no cargo, como a extensão da legislação para que os trabalhadores possam tomar dias livres pagos, em caso de doença, sem perder seu trabalho.

O novo prefeito da Big Apple também ressaltou o compromisso da Prefeitura em construir 200 mil casas populares, as quais abrigariam entre 400 mil e 500 mil pessoas. Neste aspecto, De Blasio lembrou que anunciou um grupo de analistas no último sábado para desenvolver um plano e apresentá-lo para o dia 1º de maio.

De Blasio ainda destacou a reforma dos métodos de abordagem policiais sem suspeitas claras, conhecida como "stop and frisk".

No entanto, a proposta mais complicada e polêmica citada pelo prefeito foi a que supõe um ligeiro aumento de impostos para aqueles que ganham mais de US$ 500 mil ao ano para conseguir que todas as crianças de quatro anos possam ter acesso a educação pré-escolar e que as escolas do ensino médio tenham programas para depois das aulas.

Esse plano precisa da autorização do legislativo do estado de Nova York, onde o governador, o também democrata Andrew Cuomo, propôs que a educação pré-escolar universal seja financiada com fundos públicos.

EFE   
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