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NSA poderá continuar com coleta de dados telefônicos por mais 3 meses

4 jan 2014 - 01h41
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A Corte reservada para o Controle de Inteligência dos Estados Unidos renovou nesta sexta-feira a autorização para que a Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) continue com a polêmica coleta de dados telefônicos dos cidadãos do país durante mais três meses. Esta decisão ocorre em um momento de forte polêmica e decisões judiciais contraditórias sobre os programas de espionagem da NSA que, após as revelações de Edward Snowden, originaram o debate sobre o equilíbrio entre o direito à privacidade e a segurança nacional.

A corte permitiu aos serviços de inteligência recolher "metadados" das companhias de telefone durante mais três meses, informou hoje o escritório do diretor nacional de Inteligência, James Clapper, em comunicado. Com esta, já são 36 as ocasiões nas quais o tribunal aprovou, durante os últimos sete anos, a coleta de dados telefônicos nos EUA por parte da NSA, ao considerar que essa prática está de acordo com a lei.

Esta é a primeira autorização após as duas resoluções judiciais contraditórias sobre a espionagem da NSA emitidas nas últimas semanas. O juiz William Pauley considerou na semana passada que o programa de coleta de registros telefônicos é constitucional, enquanto outro juiz, Richard Leon, estimou no dia 16 de dezembro que o programa poder representar uma violação da quarta emenda da Constituição.

Precisamente hoje, o Departamento de Justiça recorreu da decisão de Leon, ao apresentar um recurso na Corte de Apelações do Distrito de Columbia, onde fica a capital Washington. Caso os tribunais de apelações continuem emitindo opiniões contraditórias sobre o tema, é provável que a Suprema Corte tenha que decidir se o programa de vigilância da NSA é constitucional ou não.

Os pedidos do governo para renovar uma autorização neste tipo de matérias normalmente são reservados, mas o escritório do diretor nacional de Inteligência esclareceu que, especificamente nesta ocasião, decidiu tornar pública a decisão devido ao interesse público em torno do controvertido programa de espionagem da NSA.

EFE   
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