Obama admite falhas em gestão econômica e é alvo de críticas
O presidente Barack Obama admitiu que o balanço de sua gestão econômica é insuficiente, o que ocasionou críticas de seus adversários republicanos nesta terça-feira, dia em que tem início a Convenção Democrata que o indicará formalmente para disputar as eleições de novembro. Obama concedeu no domingo uma entrevista ao canal local de televisão KKTV, do Colorado (oeste), que a difundiu na noite de segunda-feira.
Indagado sobre a classificação que daria para sua gestão da economia, Obama respondeu: "eu diria que é insuficiente". O presidente acrescentou, no entanto: "as medidas que tomamos para salvar o setor automotivo, para conseguir que o ensino superior seja mais acessível, para investir em energia limpa. (...) São coisas que precisaremos para o crescimento em longo prazo".
A campanha de Mitt Romney aproveitou a oportunidade para tecer mais críticas. "Depois de quatro anos de presidência, é insuficiente? O presidente ainda pede paciência às pessoas?", afirmou o companheiro de chapa de Romney, Paul Ryan, falando à CBS. "Não foram criados postos de trabalho ao ritmo que se deveria", afirmou ainda, em sintonia com os comentários dos republicanos sobre o desempenho de Obama na economia do país.
O desemprego afeta atualmente 8,3% da população ativa nos Estados Unidos, contra 5% antes da recessão de 2007-2009, e a Casa Branca não prevê que esta taxa - a nuvem negra no balanço de mandato de Obama- caia abaixo dos 8% antes das eleições.