Obama apoia tirar Cuba da lista de patrocinadores do terror
Essa decisão é um passo importante para o restabelecimento das relações bilaterais
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou nesta terça-feira (14) seu apoio à retirada de Cuba da lista do Departamento de Estado dos países que apoiam o terrorismo, um passo importante para o restabelecimento das relações bilaterais.
Obama enviou ao Congresso um texto onde ressalta a sua "intenção de retirar" Cuba dessa lista, um dos obstáculos para o avanço do processo de reconciliação diplomática.
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Em uma breve carta de apenas quatro parágrafos, Obama disse ao Congresso que poderia provar que "o governo de Cuba não proporcionou apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses".
Além disso, o presidente indico na carta que "o governo de Cuba deu garantias de que não vai apoiar atos de terrorismo internacional no futuro."
Em um comunicado oficial, a Casa Branca informou que a legislação determina que o presidente deve informar o Congresso sobre o caso 45 dias antes de qualquer decisão entrar em vigor.
Nesse período, o Congresso, dominado pelos opositores republicanos de Obama, pode bloquear medidas por uma resolução bicameral.
Em seu comunicado oficial, a Casa Branca indicou que "após análise cuidadosa" da permanência de Cuba nessa lista, "o Departamento de Estado concluiu que Cuba reúne as condições para que seja retirada" da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
"O Departamento de Estado recomendou que o presidente submetesse ao Congresso o relatório e a certificação exigida por lei", diz a nota.
Por sua vez, o secretário de Estado, John Kerry, declarou em outra nota que "é hora de retirar a designação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo".
De acordo com Kerry, "as circunstâncias mudaram desde 1982, quando Cuba foi originalmente designada como Estado patrocinador do terrorismo (...). O nosso continente e o mundo estão muito diferentes hoje".
A inclusão de Cuba na lista envolve uma série de sanções contra a ilha, tais como uma restrição à qualquer ajuda dos Estados Unidos, mesmo através de organismos internacionais, o comércio de armas e acesso aos mercados financeiros internacionais.