Obama bate boca com apresentador em entrevista pré-Super Bowl
O presidente dos EUA, Barack Obama, acusou no domingo a Fox News de manter vivas polêmicas que a Casa Branca considera superadas, durante uma tensa entrevista que foi ao ar antes do Super Bowl, o mais importante evento esportivo do país.
O âncora Bill O'Reilly perguntou a Obama por que ele não demitiu a secretária de Saúde depois das trapalhadas no lançamento do plano Obamacare, se há "corrupção generalizada" no IRS (Receita Federal), e se a Casa Branca tentou minimizar a importância do atentado de 2012 ao consulado dos EUA em Benghazi (Líbia).
Obama disse que "algumas decisões estúpidas" levaram ao escrutínio adicional do IRS sobre grupos ligados ao movimento conservador Tea Party que pleiteavam isenções, e que a questão foi esclarecida durante "múltiplas audiências" no Congresso.
"Esse tipo de coisa continua vindo à tona em parte porque você e seu canal de TV as promovem", disse Obama a O'Reilly.
O âncora conservador, que apresenta um programa popular no mais assistido canal a cabo dos EUA, disse a Obama que muita gente acredita que sua equipe tentou minimizar as motivações do ataque insurgente em Benghazi, que matou quatro norte-americanos, inclusive o embaixador Christopher Stevens.
"Eles acreditam nisso porque gente como você está dizendo", disse Obama, rejeitando a acusação, que acabou se tornando uma questão acalorada na reta final da campanha presidencial de 2012.
O'Reilly também pressionou Obama a explicar por que não demitiu a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Katheleen Sebelius, depois dos problemas vistos no lançamento do site governamental pelo qual os norte-americanos deveriam adquirir planos de saúde, adequando-se ao programa conhecido como Obamacare.
"Minha principal prioridade agora é fazer com que ele sirva ao povo norte-americano", disse Obama, admitindo a O'Reilly que o processo de adesão aos planos de saúde está "cerca de um mês atrasado" por causa dos problemas.
"Prometo a você que mantemos todos responsabilizados em todos os níveis", disse o presidente.