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Obama: EUA não retomarão métodos brutais em interrogatórios

Suspeitos de terrorismo nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de setembro foram submetidos a torturas, de acordo com relatório do Senado americano

9 dez 2014 - 15h50
(atualizado às 16h23)
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<p>O presidente norte-americano, Barack Obama, durante evento em Washington, nos Estados Unidos, em 9 de dezembro</p>
O presidente norte-americano, Barack Obama, durante evento em Washington, nos Estados Unidos, em 9 de dezembro
Foto: Larry Downing / Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira que métodos violentos em interrogatórios não acontecerão em seu mandato, dizendo que as técnicas prejudicaram significativamente os interesses norte-americanos no exterior sem ajudar nos amplos esforços de contraterrorismo.

Obama emitiu um comunicado por escrito em resposta a um relatório do Senado que detalhou os procedimentos dos interrogatórios postos em prática em suspeitos de terrorismo nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

"Em vez de outra razão para retomar antigas discussões, espero que o relatório de hoje possa nos ajudar a deixar estas técnicas em seu lugar, no passado”, disse.

Obama afirmou que o relatório documenta um programa perturbador envolvendo as técnicas de interrogatório intensificadas, usadas em suspeitos em instalações secretas fora de seu país.

"Ele reforça minha opinião de longa data de que estes métodos violentos não só foram incompatíveis com nossos valores como nação, como também não nos serviram nos esforços mais amplos de contraterrorismo, nem aos nossos interesses de segurança nacional", declarou.

Os métodos abalaram a posição dos EUA no mundo e tornaram mais difícil defender os interesses do país com aliados e parceiros, disse Obama.

"É por isso que continuarei a usar minha autoridade como presidente para fazer como que nunca mais recorramos a estes métodos", disse.

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