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Estados Unidos

Obama faz últimas análises sobre a revisão de espionagem da NSA

10 jan 2014 - 00h56
(atualizado às 00h58)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está mantendo reuniões com funcionários do alto escalão de inteligência, legisladores e advogados para decidir se modifica, e em que sentido, os programas de espionagem que foram expostos pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, afirmou nesta quinta-feira a Casa Branca.

Obama, que segundo a Presidência fará o anúncio de sua decisão no final deste mês, analisa também um relatório elaborado por um comitê independente, que lhe foi entregue no final do ano passado.

Esse documento contém mais de 40 recomendações para o presidente, entre elas algumas restrições à coleta de dados de ligações telefônicas dos cidadãos americanos feita pela NSA.

De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, o presidente ainda não terminou de analisar o relatório do comitê, e ainda vai manter outras reuniões com os especialistas.

"Está perto do final desta revisão. (Obama) vai fazer declarações sobre suas conclusões e os passos que quer tomar nas próximas semanas", disse o porta-voz em sua entrevista coletiva diária.

No entanto, apesar ter em suas mãos a revisão do comitê independente, o comitê para a revisão da Privacidade e Liberdades Civis não deve emitir seu relatório até o final de janeiro, o que significa que Obama anunciará suas recomendações sem considerar o relatório final do grupo.

O porta-voz garantiu que a decisão do presidente americano será "um marco importante no processo", mas advertiu que isso não significa que o tema seja liquidado.

Obama manteve um encontro hoje com vários legisladores, enquanto representantes de grupos de defesa da privacidade se reuniam com a principal assessora legal do presidente, Kathryn Ruemmler, para tratar desse mesmo assunto.

As revelações de Snowden foram divulgadas em junho do ano passado por vários veículos de imprensa com os detalhes sobre os programas de vigilância da NSA, encarregados de recolher milhões de dados telefônicos dos usuários.

O escândalo teve uma repercussão ainda maior quando foi revelado que vários líderes estrangeiros também foram vítimas da espionagem americana, entre eles a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Os Estados Unidos argumentaram que os programas respondem a uma estratégia de segurança nacional que, além disso, serviu para impedir novas ameaças terroristas contra o país. Snowden é considerado foragido pela Justiça americana e está atualmente na Rússia, em asilo temporário.

Um relatório confidencial do Departamento de Defesa dos EUA, segundo informações divulgadas hoje por dois congressistas que tiveram acesso a ele, concluiu que Snowden descarregou 1,7 milhões de arquivos dos serviços de inteligência do país, o maior roubo individual de documentos secretos de sua história.

EFE   
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