Obama lamenta morte de italiano e americano em operação
Um norte-americano e um italiano que foram mantidos reféns por vários anos pela Al-Qaeda na região de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão foram mortos inadvertidamente em uma operação de contraterrorismo dos Estados Unidos em janeiro, disse o presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira.
"Lamento profundamente o que aconteceu. Em nome do governo dos Estados Unidos, ofereço minhas mais profundas desculpas às famílias", disse Obama em declaração na Casa Branca.
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A operação, na qual morreram o médico norte-americano Warren Weinstein e o trabalhador humanitário italiano Giovanni Lo Porto, também resultou na morte do líder norte-americano da Al-Qaeda, Ahmed Farouq, informou a Casa Branca. Outro membro norte-americano da Al Qaeda, Adam Gadahn, também foi morto, aparentemente em uma operação separada, informou a Casa Branca.
Fontes do governo dos EUA disseram que as operações envolveram o uso de aviões não-tripulados, os drones, nos ataques.
Obama disse assumir "total responsabilidade" pela operação que matou os reféns, acrescentando: "É uma verdade cruel e amarga que na névoa da guerra geralmente, e em nosso combate contra o terrorismo especificamente, erros, às vezes erros fatais, possam ocorrer."
Os Estados Unidos acreditavam que o alvo da operação era um complexo da Al Qaeda sem a presença de civis e acreditava-se que a operação havia matado membros perigosos da Al Qaeda, disse Obama.
O presidente norte-americano disse ter determinado que todos os detalhes da operação tivessem o sigilo retirado, mas que estava completamente consistente com os esforços de contraterrorismo na região.
Ele não respondeu a nenhuma pergunta após terminar a declaração.
Chanceler italiano lamenta morte de refém pelos EUA
O chanceler da Itália, Paolo Gentiloni, lamentou a morte do refém italiano Giovanni Lo Porto em um ataque dos EUA contra a Al Qaeda na fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Para ele, Lo Porto foi morto "por um trágico e fatal erro de nossos aliados", reconhecido por Barack Obama. A responsabilidade, no entanto, é dos terroristas, concluiu.