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Obama limita poder da NSA e promete não espionar aliados estrangeiros

17 jan 2014 - 14h26
(atualizado às 15h22)
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Em discurso na Casa Branca, Obama fala sobre as mudanças na NSA
Em discurso na Casa Branca, Obama fala sobre as mudanças na NSA
Foto: AFP

O presidente Barack Obama anunciou nesta sexta-feira que ordenou mudanças no sistema de coleta de dados da Agência de Segurança Nacional (NSA). De acordo com o presidente, o programa deixará de existir do modo como é hoje. "Estou confiante de que podemos utilizar uma abordagem que atenda às nossas necessidades de segurança, sem deixar de preservar as liberdades civis de todos os americanos", disse ele.

Obama prometeu ainda que as agências americanas de inteligência não espionarão as comunicações dos líderes dos países aliados.

"Deixamos claro à comunidade de inteligência que, a menos que haja um propósito urgente de segurança nacional, não vamos monitorar as comunicações de chefes de Estado e de Governo entre nossos amigos e aliados mais próximos", disse Obama em um discurso na Casa Branca.

As autoridades, que falaram pouco antes de Obama revelar as reformas nas práticas de vigilância dos EUA, também disseram que os provedores de comunicação terão a permissão de compartilhar mais informações com o público sobre solicitações de dados pelo governo.

"O mundo deve saber que os EUA não estão espionando pessoas comuns, que não ameaçam a segurança nacional", enfatizou o presidente em seu discurso.

Líderes estrangeiros e cidadãos norte-americanos ficaram ultrajados pelas revelações do ex-prestador de serviço de uma agência espiã Edward Snowden, que mostraram que Washington estava ouvindo telefonemas privados de líderes, como a chanceler alemã, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff, e colhendo dados de telefonia móvel e emails de cidadãos comuns.

"Vamos reformar programas e procedimentos para garantir maior transparência sobre nossas atividades de vigilância", disse Obama em seu pronunciamento. Apesar das mudanças, o presidente destacou que o trabalho da NSA é importante para garantir a segurança do país. "Nós não podemos impedir ataques terroristas ou ameaças cibernéticas sem não formos capazes de acessar comunicações digitais". 

Entre as reformas, Obama vai pedir ao Congresso que estabeleça uma comissão externa de defensores da privacidade para a corte responsável por monitorar atividades de inteligência, disseram as autoridades.

Mencionando o nome de Edward Snowden em público pela primeira vez, Obama diz que não vai insistir nas ações ou motivações do ex-técnico da NSA. Mas afirma que as revelações atribuídas a ele geraram "mais calor do que luz" e revelaram aos inimigos dos EUA informações sobre suas práticas de inteligência de maneira que não se pode avaliar ainda.

"A defesa da nossa nação depende, em parte, da fidelidade daqueles a quem confiamos segredos da nossa nação", afirmou em uma clara referência a Snowden.

Com agências internacionais.

Fonte: Terra
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