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Obama nega intenção de interceptar aviões para capturar Snowden

27 jun 2013 - 09h31
(atualizado às 10h58)
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Obama participa de coletiva de imprensa com o presidente senegalês, Macky Sall, em Dacar
Obama participa de coletiva de imprensa com o presidente senegalês, Macky Sall, em Dacar
Foto: AP

O presidente Barack Obama negou nesta quinta-feira que os Estados Unidos tenham a intenção de interceptar um voo para capturar o ex-agente da inteligência americano Edward Snowden, que vazou para a imprensa documentos sigilosos e se acha atualmente na Rússia.

"Não vou interceptar voos para capturar um hacker de 29 anos", afirmou Obama em Dacar, Senegal, no início de seu giro africano, acrescentando que não discutiu a questão com os presidentes da Rússia e da China por considerar que se trata de um assunto exclusivamente judicial.

Obama também afirmou que não abordou esse assunto com o presidente russo, Vladimir Putin, e que os Estados Unidos usarão todos os canais para deter Snowden. "Estamos seguindo os canais ordinários para prender Snowden. É um tema que pretendemos tramitar de forma rotineira. Não chamei Putin, pois não é necessário pechinchar para submeter um cidadão à Justiça de seu país", disse o líder americano.

Além disso, Obama lamentou que não exista um acordo de extradição entre os Estados Unidos e a Rússia, pois isso dificulta a entrega do ex-empregado da CIA. O presidente americano fez essas declarações durante uma entrevista coletiva conjunta com seu colega senegalês, Macky Sall, no início de sua viagem pela África Subsaariana.

Também nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse que seu país anunciará em breve uma decisão sobre o pedido de asilo feito por Snowden. O chanceler equatoriano deu a informação a repórteres em Cingapura.

Snowden fugiu dos Estados Unidos para Hong Kong este mês depois de revelar informações sobre programas de vigilância secreta do governo dos EUA. De lá ele voou para Moscou, no domingo, e esperava-se que fosse para Havana na segunda-feira, mas ele não embarcou no avião que seguiu para Cuba.

O americano de 30 anos, que enfrenta acusações de espionagem nos Estados Unidos, não é visto em público desde a chegada a Moscou. Autoridades russas disseram que ele permanece em uma área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo.

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Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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