Papa Francisco visita EUA pela 1ª vez e é recebido por Obama
O avião levando o papa Francisco aterrissou na tarde desta terça-feira na base de Andrews, no estado norte-americano de Maryland, onde o Pontífice começa sua viagem de cinco dias pelos Estados Unidos. Jorge Bergoglio foi recebido pelo presidente Barack Obama, pela primeira-dama Michelle e pelas filhas do casal, Malia e Sasha. O vice-mandatário Joe Biden e sua família também estavam presentes.
O avião papal foi acolhido pelos cantos de algumas centenas de pessoas, incluindo muitos estudantes, que entoavam "Hey hey, pope Francis is on the way" ("Hey hey, o papa Francisco está a caminho") ou "We love pope Francis every day" ("Amamos o papa Francisco todos os dias"). Outros gritos ouvidos foram "Francisco, Francisco" e "Se nota, se sente, o papa está presente", em espanhol. Entre os presentes, muitas crianças de colégios católicos de Washington, dos quais quatro selecionados entregaram flores ao pontífice em sua chegada.
Como estava previsto, o papa não fez nenhuma declaração após aterrissar nem depois do breve encontro com Obama em uma sala da base, antes de partir para a Nunciatura, em Washington. Fiel a seu estilo simples, o papa escolheu para deslocar-se da base até Washington um pequeno automóvel preto, um Fiat Cinquecento.
A visita acontece após o reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, processo que contou com a mediação da diplomacia vaticana, e a reabertura das respectivas embaixadas em ambos países. O Pontífice ficará nos Estados Unidos até 27 de setembro e visitará as cidades de Washington, Nova York e Filadélfia. Durante sua viagem, ele será recebido por Obama na Casa Branca, discursará no Congresso, participará de um evento com sem-teto, fará um pronunciamento na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e encerrará o VIII Encontro Mundial das Famílias, entre outros compromissos e missas.
Durante o voo entre Cuba e EUA, Francisco disse que não pretende mencionar o embargo econômico imposto ao país caribenho em seu discurso no Parlamento. "O problema do bloqueio é parte das negociações entre as duas nações. Isso é público: que seja uma coisa que vá no sentido das boas relações que estão começando", afirmou em uma coletiva aos jornalistas que estavam no avião.
Bergoglio também respondeu a uma pergunta sobre as críticas de conservadores norte-americanos que questionam até a sua crença e o chamam de "comunista". "Se for necessário que eu recite o Credo, estou disposto a fazê-lo. Estou certo de nunca ter dito uma coisa que não faça parte da doutrina social da Igreja", declarou.
* Com agências internacionais
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