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Parlamentar pressiona Obama a armar aliados para combater Estado Islâmico

20 fev 2015 - 20h17
(atualizado às 20h17)
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Uma parlamentar republicana disse ao presidente norte-americano, Barack Obama, que estava preparada para bloquear verbas de ajuda externa se o governo não fornecer caças e tanques ao Egito e armas a outros aliados regionais que lutam contra os militantes do Estado Islâmico.

Imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é projetada em telão durante encontro de inverno do Comitê Nacional Democrata em Washington. 20/02/2015
Imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é projetada em telão durante encontro de inverno do Comitê Nacional Democrata em Washington. 20/02/2015
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Numa carta a Obama, Kay Granger, presidente do Subcomitê de Operações do Estado e Estrangeiras da Câmara dos Deputados, disse que o Egito precisa de aeronaves F-16, tanques M1A1 Abrams e outras armas que foram suspensas desde 2013. Granger tem o poder de colocar obstáculos à ajuda externa, incluindo assistência geral e carregamentos de armas.

Granger pediu ao governo para dar ferramentas e treinamentos a tropas curdas iraquianas para combater o Estado Islâmico e priorizar o fornecimento de armas à Jordânia, de acordo com a carta, vista pela Reuters nesta sexta-feira.

Datada de quinta-feira, a carta criticou a administração, enquanto o Congresso está prestes a considerar o pedido de Obama para obter autorização formal para uma campanha militar contra o Estado Islâmico.

Os republicanos, que assumiram o controle do Congresso em janeiro, têm pressionado por um envolvimento militar norte-americano mais robusto na luta contra os militantes, que mataram milhares de civis durante a tomada de parte dos território de Iraque e Síria.

"Enquanto o Egito, a Jordânia e os curdos revidam e se defendem contra os atos hediondos do Isil, a assistência de segurança dos EUA está sendo contida ou atrasada por processos burocráticos e decisões políticas mal-aconselhadas por sua administração", escreveu Granger, usando um acrônimo para Estado Islâmico.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que não tinha visto os comentários de Granger, mas elogiou a parlamentar pelo interesse na questão. Ele disse que o governo tem focado em manter um forte relacionamento de segurança com seus aliados e parceiros no Oriente Médio "há algum tempo".

AJUDA À JORDÂNIA

Granger disse que está pedindo à Casa Branca para "liberar imediatamente" armas e fundos remanescentes ao Egito, fornecer à Jordânia as armas que o país havia solicitado e garantir às tropas curdas peshmergas os equipamentos de que necessitam.

"Estou preparada para fazer tudo ao meu alcance para garantir que isso ocorra, incluindo colocar obstáculos às Notificações do Congresso (planos de gastos) e criar leis para responsabilizar o seu governo", escreveu Granger.

A política atual dos EUA sobre o Egito é segurar grande parte das transferências de armas pesadas até que Washington possa se certificar de que o Cairo tem feito progressos em relação aos direitos humanos.

Autoridades dos EUA disseram na semana passada que os planos para ajudar a repor o material bélico da Jordânia estavam em andamento. O rei Abdullah, da Jordânia, visitou o Congresso norte-americano no início deste mês, no mesmo dia em que o Estado Islâmico divulgou um vídeo da execução de um piloto jordaniano.

O governo norte-americano afirmou que está fornecendo armas e munições aos curdos, que combatem o Estado Islâmico no norte do Iraque, mas que está transferindo esse material por meio de Bagdá. Alguns republicanos disseram que os suprimentos devem ser enviados diretamente aos curdos.

(Reportagem adicional de Andrea Shalal e Roberta Rampton)

((Tradução Redação São Paulo; +5511 5644-7731)) REUTERS BM ES

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