Pedido de acusado por morte de jovem negro é rejeitado nos EUA
Uma juíza da Flórida negou nesta quinta-feira à defesa de George Zimmerman, acusado do assassinado em segundo grau do jovem negro americano Trayvon Martin, um pedido para que sete testemunhas deponham de forma confidencial durante o julgamento que começa na segunda-feira.
O advogado de Zimmerman, Mark O'Mara, pediu no Tribunal a proteção da identidade de sete testemunhas do incidente ocorrido no dia 26 de fevereiro de 2012, quando o adolescente negro Trayvon Martin morreu após uma briga com Zimmerman, então vigia voluntário de um condomínio privado em Sanford (400 km ao norte de Miami, na Flórida).
O'Mara indicou que "preocupações com a segurança pessoal" das testemunhas motivavam seu pedido para que depusessem sem se expor aos membros do júri. Mas a juíza Debra Nelson disse que, "por enquanto, o pedido foi rejeitado".
Nesta quinta-feira foi realizada a última audiência antes do julgamento que começará na próxima segunda-feira em Sanford com a escolha do júri e que pode durar mais de um mês.
Zimmerman se declarou inocente do crime de Martin, um adolescente que caminhava desarmado em direção à casa onde seu pai estava, e alegará que atirou em legítima defesa, mas sem se amparar em uma permissiva lei sobre o uso de armas na Flórida, que permite atirar quando existe uma suposta ameaça de ser atacado de morte.
Desde o ano passado, depois de ter permanecido durante pouco tempo na prisão, o acusado se manteve recluso em um local desconhecido e sobrevive graças a doações.
Zimmerman, 29 anos, filho de um americano branco e de uma mãe peruana, foi acusado de homicídio em segundo grau pela morte de Martin, em um caso que comoveu os Estados Unidos ao provocar protestos pelo suposto preconceito racial que levou ao assassinato e pela atuação das autoridades imediatamente após o crime.