Perdoado por Trump pela invasão ao Capitólio é morto em blitz de trânsito
Matthew J. Huttle teria resistido a prisão e um conflito com o policial de Indiana que o parou; ele foi atingido por um tiro e não resistiu
Um dos homens que foi perdoado pelo presidente Donald Trump pela invasão ao Capitólio, em Washington (EUA), em 6 de janeiro de 2021, foi morto a tiros durante uma blitz de trânsito na tarde do último domingo, 26, no noroeste de Indiana. O perdão para 1.500 prisioneiros foi concedido na última semana após o mandatário assumir a Casa Branca.
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Segundo o Washington Post, a Polícia Estadual de Indiana afirmou à imprensa que Matthew J. Huttle, de 42 anos, foi parado por um agente na State Road 14 por volta das 16h15. Durante a parada, os agentes tentaram prendê-lo, mas ele supostamente resistiu.
O motivo da tentativa de prisão não foi revelado, mas os registros federais indicam que o homem havia sido preso quatro vezes desde a sua detenção em novembro de 2022 por ser um dos envolvidos na invasão de Capitólio.
A explicação dada foi que houve uma conflito entre o policial e Huttle, momento em que o agente disparou e matou o homem. A polícia ainda disse que ele "estava de posse de uma arma de fogo".
O xerife do Condado de Jasper, Patrick Williamson, pediu à polícia estadual para investigar o caso e afastou o policial, que foi colocado em licença administrativa remunerada. “Nossas condolências vão para a família do falecido”, disse Williamson, “pois qualquer perda de vida é traumática para aqueles que eram próximos do Sr. Huttle”.
Invasão a Capitólio
De acordo com WP, Huttle viajou para Indiana para Washington em janeiro de 2021 junto de seu tio, Dale Huttle, e ambos compareceram ao comício “Stop the Steal”. Ambos caminharam até o Capitólio, ajudaram a quebrar a barreira policial do lado de fora e entraram no prédio.
Matthew Huttle adentrou em vários escritórios do Capitólio, enquanto seu tio lutou com a polícia, que se declarou culpado de agressão contra a polícia. Dale Huttle foi condenado a 2 anos e meio de prisão e foi solto na semana passada quando Trump emitiu perdões para quase todas as 1.500 pessoas acusadas de tentar impedir que o Congresso confirmasse a derrota em 2020 para Joe Biden.
Enquanto isso, Matthew Huttle confessou sua culpa em 2023, e afirmou ao FBI que "seu único propósito de estar no Capitólio era gravar um vídeo para mostrar uma possível corrupção governamental", conforme informaram os promotores.
"Huttle acredita que o FBI foi responsável pelo motim do Capitólio e explicou que viu atores atacando o local que pareciam ter muito treinamento para serem civis". Os agentes disseram que Huttle se recusou a expressar qualquer remorso ou reconhecimento de irregularidade por suas ações ou de outros.