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Polícia prende suspeito de matar 9 em igreja de negros dos EUA

18 jun 2015 - 18h41
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Um homem branco acusado de matar nove pessoas que participavam de um grupo de estudos da Bíblia numa histórica igreja afro-americana de Charleston, no Estado norte-americano da Carolina do Sul, foi preso nesta quinta-feira, e autoridades dos Estados Unidos investigam o ataque como crime de ódio.

Polícia prende suspeito de matar 9 em igreja de negros dos EUA.  18/6/2015.
Polícia prende suspeito de matar 9 em igreja de negros dos EUA. 18/6/2015.
Foto: Jason Miczek / Reuters

Forças de segurança detiveram o suspeito Dylann Roof, de 21 anos, após ele ter sido parado no trânsito em Shelby, na Carolina do Norte, cerca de 350 quilômetros ao norte de Charleston, disse o chefe da polícia, Gregory Mullen.

O tiroteio de quarta-feira aconteceu após o suspeito se sentar com os fiéis na Igreja Episcopal Metodista Africana Emanuel por uma hora. Já houve meses de protestos contra outros assassinatos de homens negros por policiais brancos no país.

Em um perfil no Facebook aparentemente de Roof, uma foto mostra o suspeito vestindo uma jaqueta estampada com as bandeiras da era do apartheid na África do Sul e da antiga Rodésia, atual Zimbábue, ambos governados anteriormente por minorias brancas.

Entre as vítimas, seis mulheres e três homens, estão o reverendo Clementa Pinckney, de 41 anos, que era pastor da igreja e membro democrata do Legislativo estadual.

Um homem que se identificou como Carson Cowles, tio de Roof, disse à Reuters que o pai de Roof tinha dado recentemente a ele uma pistola calibre .45 de presente de aniversário.

"Eu não tenho palavras para isso", disse Cowles, de 56 anos, em entrevista por telefone. "Ninguém na minha família tinha visto nada como isso."

A polícia afirmou que Roof estava armado com um revólver, mas se rendeu em silêncio quando foi parado.

A procuradora-geral do país, Loretta Lynch, afirmou que sua equipe está considerando se acusa Roof de crime de ódio motivado por preconceito racial ou outro crime.

Segundo a legislação federal e algumas leis estaduais, tais crimes geralmente levam a penas mais severas, mas a Carolina do Sul é um dos apenas cinco Estados norte-americanos que não têm uma lei de crimes de ódio.

Manifestações já abalaram Nova York, Baltimore, Ferguson, Missouri e outras cidades após assassinatos de homens negros desarmados cometidos pela polícia.

(Reportagem adicional de Julia Edwards, em Washington; Emily Flitter, em Nova York; David Adams, em Miami; Letitia Stein, em Tampa, Flórida; Randall Hill, em Charleston; Alex Dobuzinskis, em Los Angeles; e Curtis Skinner, em San Francisco)

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