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Preso é executado pelo estupro e assassinato de jovem em 95

Para Michael Worthington, prisão perpétua seria o mais apropriado para o seu caso; aparentemente não houve problemas com a injeção letal desta vez

6 ago 2014 - 02h49
(atualizado às 03h35)
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<p>Michael Worthington (foto de 2007) foi o sétimo prisioneiro a ser executado no Missouri em 2014</p>
Michael Worthington (foto de 2007) foi o sétimo prisioneiro a ser executado no Missouri em 2014
Foto: Missouri Department of Corrections / AP

Um preso foi executado nesta quarta-feira no Estado do Missouri, na região central dos Estados Unidos, pelo estupro e assassinato de uma estudante universitária em 1995, sendo o primeiro detendo americano a receber a pena capital desde que uma injeção letal usada no Arizona, no mês passado, apresentou problemas e o condenado levou quase duas horas para morrer.

Michael Worthington foi executado via injeção letal e foi declarado morto à 0h11 desta quarta-feira, de acordo com o Departamento de Correções do Missouri - foi o sétimo condenado a receber a pena de morte no Estado em 2014.

Worthington, 43 anos, foi condenado à morte pelo estupro e assassinato de Melinda Griffin, 24 anos, durante um assalto ao condomínio da jovem. A Suprema Corte e o governador Jay Nixon negaram o perdão e a suspensão de sua execução nessa terça-feira. Em entrevista por telefone à agência AP, ele já esperava pela continuidade do processo e aceitava seu destino.

“Eu acho que vou acordar em um lugar melhor amanhã”, disse o prisioneiro. “Eu apenas estou aceitando qualquer coisa que vai acontecer, porque eu não tenho escolha. As cortes não parecem mais se importar com o que é certo ou errado”, acrescentou.

Há exatamente duas semanas, Joseph Wood, condenado por matar em 1989 sua ex-namorada e o pai da mulher, agonizou durante quase duas horas após receber uma injeção letal durante uma execução no Arizona.

Testemunhas disseram que Wood, 55 anos, continuou respirando agonizante centenas de vezes, quando a execução deveria ter sido terminada em dez minutos. O caso reavivou o debate nos Estados Unidos sobre a pena de morte, punição restabelecida pela Suprema Corte em 1976 e ainda aplicada em 32 Estados. Uma das limitações da pena de morte é a Oitava Emenda da Constituição que proíbe "punições cruéis e inusitadas".

Os advogados de Worthington pressionaram, sem sucesso, a Suprema Corte para adiar a aplicação da pena, citando a malsucedida execução no Arizona e outras duas que tiveram problema em Ohio e Oklahoma, além do sigilo envolvendo as substâncias utilizadas para preparar a injeção no Missouri.

Prisão perpétua seria o mais "apropriado"

Michael Worthington foi condenado em 1998, quando tinha 27 anos, depois de se declarar culpado pela morte de Griffin, em setembro de 1995. Ele disse que entrou pela janela no dormitório da universidade da jovem, perto da cidade de St. Louis. O prisioneiro admitiu que sufocou a estudante até sua submissão e então a estuprou, antes de mata-la por estrangulamento ao recobrar a consciência. Testes de DNA posteriormente ligaram o criminoso ao episódio.

À agência AP, Worthington afirmou que não podia lembrar-se de detalhes do crime, e que ele estava propenso a desmaios devido ao uso de álcool e cocaína na época. Para ele, prisão perpétua seria o mais apropriado.

Fonte: Terra
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