Promotoria pede pena de morte para atirador do Kansas
Frazier Glenn Cross é acusado de ter assassinado três pessoas em centros comunitários judaicos no último final de semana
A promotoria pediu nesta terça-feira pena de morte por homicídio para o supremacista branco que matou três pessoas em centros comunitários judeus no Kansas, no fim de semana passado.
Frazier Glenn Cross, de 73 anos, é acusado pelo assassinato de um médico de 69 anos e seu neto adolescente e também por homicídio qualificado pela morte de uma mulher de 53 anos que visitava sua mãe em uma residência para idosos.
Os assassinatos foram cometidos na véspera da Páscoa judia, causando consternação e levantando uma onda de protestos.
O acusado não conhecia as vítimas, informou John Douglass, segundo chefe de polícia da pequena cidade de Overland Park, próxima a Kansas City.
Cross, também conhecido como Frazier Glenn Miller, tem laços de longa data com grupos de supremacia branca - foi líder da Ku Klux Klan - e com núcleos antissemitas, de acordo com o Southern Poverty Law Center (SPLC), que rastreia atividades de grupos que estimulam o ódio racial e religioso.
Cross, nascido em Aurora, no Missouri, é membro do fórum neonazista Vanguard News Network e enviou mais de 12.000 mensagens desde que se uniu ao grupo, segundo o SPLC.
Segundo o canal local KSHB, Cross gritou "Heil Hitler" quando era levado pro policiais, depois de ter sido detido em uma escola primária, mas Douglass se negou a confirmar a versão. O homem também atirou contra outras duas pessoas, sem atingi-las.
O detido estava com um fuzil, mas a polícia acredita que também poderia estar com uma arma menor e outro fuzil.
O presidente Barack Obama condenou o ataque "horrível" e prometeu o "total apoio" do governo federal à investigação e à comunidade judaica.
O FBI, que participa na investigação, registrou 674 incidentes de caráter antissemita em território americano em 2012.
Esta cifra corresponde a cerca de dois terços dos incidentes com suposta motivação religiosa, que representam um quinto dos crimes classificados "de ódio" pelo FBI, enquanto os ataques racistas totalizam a metade.