Romney critica Obama por baixa criação de empregos
O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, criticou a baixa geração de empregos no governo de Barack Obama, buscando, neste domingo, conter o impulso a favor do presidente, depois da Convenção Nacional Democrata. "É uma recuperação sem criação de empregos, se é que se trata de uma recuperação", disse Romney em uma entrevista à rede NBC, em alusão ao relatório divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho, que informa a criação de apenas 96 mil empregos no último mês.
Obama, que realiza uma viagem à Flórida, disse em uma entrevista à CBS, que os norte-americanos mais ricos devem estar prontos para pagar impostos maiores, para garantir que o enorme déficit orçamentário da nação possa ser reduzido, sem cortes que prejudiquem os programas sociais. O presidente criticou Romney por se recusar a adotar o que considerou uma "visão equilibrada" para reduzir gastos e ao invés de aumentar os impostos dos mais ricos.
"Mas devemos pedir às pessoas - como eu ou o governador Romney, cujos impostos estão abaixo do que estavam nos último 50 anos- que façam um pouquinho mais", disse Obama. "Se voltarmos aos níveis de impostos para as pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano, se voltarmos às taxas que tínhamos com Bill Clinton, podemos conter o déficit, estabilizar a economia, manter baixas as taxas das famílias de classe média, dar a certeza que penso que todos nós estamos buscando", disse.
Na entrevista à NBC, Romney reiterou que não planeja, se eleito no dia 6 de novembro, beneficiar os milionários com um imenso corte de impostos que sobrecarregue a classe média. "Posso dizer que as pessoas no extremo mais alto, os contribuintes com as maiores receitas, vão ter menos deduções e isenções", disse.
Em seu primeiro ato público neste domingo, Obama ironizou a entrevista de Romney e outra de seu companheiro de chapa, Paul Ryan, ao dizer que eles não foram capazes de revelar como farão seus planos fiscais dar o resultado esperado.