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Estados Unidos

Romney tenta entrar em sintonia com eleitorado latino

14 ago 2012 - 17h31
(atualizado às 19h08)
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O pré-candidato republicano às presidenciais americanas, Mitt Romney, tenta se aproximar do importante eleitorado hispânico dos Estados Unidos, mas sua falta de sintonia com esta comunidade aumenta à medida que se concretiza seu plano político e se conhece melhor seu vice-presidente.

Esta semana, Romney viajou para o crucial estado da Flórida para voltar a se encontrar com os eleitores hispânicos, a maioria cubanos e porto-riquenhos, mas em um comício em Miami muito poucos sabiam quem era Paul Ryan, seu colega de chapa anunciado no fim de semana passado, enquanto esperavam ouvir os planos do aspirante à Casa Branca com relação a Cuba, dos quais não falou.

O candidato disse poucas palavras diante das cerca de duas mil pessoas reunidas no Palacio de los Jugos, concentrando-se em economia e em promessas para recuperar o êxito do país, sem tocar no tema migratório, nem mencionar nenhum plano com relação à ilha comunista.

"Nós temos uma decisão crucial a tomar sobre o tipo de Estados Unidos que queremos. Temos que decidir entre o caminho pelo qual o presidente (Obama) nos conduziu, que nos assemelha mais e mais à Europa, ou tomar um caminho para que sejamos mais e mais como os Estados Unidos", disse o ex-governador de Massachusetts.

Romney fez uma breve referência a "vocês, os latinos" quando falou da falta de empregos, e prometeu: "Eu criaria os empregos de que o povo precisa. Sei como fazer. Vou ajudar as pequenas empresas".

O candidato republicano também passou por cima das posturas de seu recém-escolhido companheiro de chapa, Paul Ryan, favorável a uma privatização do seguro público de saúde para os idosos - conhecido como Medicaid, Medicare -, a qual afetaria a grande maioria dos aposentados da Flórida. "Ele tem planos de mudar o país porque assim como está, não está nada bem, e o socialista do Obama não fez nada, ao contrário, isso está pior", disse à AFP Ana Cardell, admitindo desconhecer Paul Ryan.

"Mesmo os que querem votar em Romney não estão convencidos e este é o seu problema, não apresentou um projeto para os latinos porque não o tem", declarou à AFP Antonio González, presidente do Instituto de Pesquisas William C. Velázquez.

Contudo, o adversário de Barack Obama tem seguidores latinos no sul da Flórida, reduto dos cubano-americanos que historicamente preferem os republicanos, mas nos redutos porto-riquenhos e dominicanos de Nova York, e na Califórnia, aqueles de origem mexicana, costumam votar majoritariamente nos democratas.

Segundo González, cujo centro incentiva a participação latina nas eleições, "os eleitores latinos na verdade desconhecem o essencial do programa de Romney, mas é preciso esperar se na convenção republicana em Tampa (Flórida, no final de agosto) ele dá uma reviravolta", algo que os estrategistas sabem fazer muito bem e, assim, ajudar o pré-candidato a subir nas pesquisas de intenção de voto hispânico."Por enquanto Romney não tem entrada na comunidade", afirmou o analista.

Obama mantém uma vantagem de até 44 pontos sobre Romney entre os latinos, segundo pesquisa de intenção de voto publicada no final de julho. A consulta, realizada para a emissora NBC News, o jornal The Wall Street Journal e o canal em espanhol Telemundo, atribuía 67% ao presidente contra 23% ao ex-governador de Massachusetts.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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