Romney traça meta energética agressiva com base no petróleo

23 ago 2012 - 19h07

(atualizado às 19h59)

O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, revelou nesta quinta-feira um plano para tornar os Estados Unidos independentes na área de energia até 2020, mediante a multiplicação de perfurações offshore e da liberação de terras federais.

O projeto prevê abrir "agressivamente" novas zonas offshore ao longo das costas da Virgínia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, e na reserva natural ártica do Alasca, além da aceleração do processo de autorização administrativa para a perfuração de poços e a revitalização do setor de energia nuclear. "Até 2020 seremos capazes de produzir entre 23 e 28 milhões de barris de petróleo por dia e não precisaremos mais comprar petróleo do Oriente Médio, da Venezuela ou de qualquer outro lugar", afirmou Romney durante um discurso em Hobbs, Novo México.

Segundo Romney, seu plano criará "três milhões de novos empregos" e "fará crescer a economia em US$ 500 bilhões". "Isto também significa bilhões de dólares em impostos para os Estados e os governos federais". Romney acusa frequentemente o presidente democrata, Barack Obama, de sufocar a produção energética dos Estados Unidos com uma excessiva regulação, restrições ambientais e limitações de áreas de exploração, especialmente envolvendo poços offshore e em terras federais.

A equipe da campanha democrata reagiu com ceticismo ao anúncio, alegando que Romney "não tem políticas específicas ou medidas concretas para aumentar a produção de forma realista". Segundo Lis Smith, uma porta-voz democrata, Romney "quer distribuir bilhões de dólares em isenções fiscais para os grupos petroleiros e abrir novos poços de forma irresponsável, dando as costas para o desenvolvimento de fontes de energia próprias".