"Sabor de rendição",diz Yoani Sánchez sobre relação EUA-Cuba

"Quero ver ao que vão atribuir a culpa agora sobre o colapso econômico e a falta de liberdades que vivemos em Cuba", tuitou

17 dez 2014 - 16h10

(atualizado às 18h14)

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<p>Blogueira, de 39 anos, publicou também uma mensagem citando o colapso econômico que seu país enfrenta</p> — Blogueira, de 39 anos, publicou também uma mensagem citando o colapso econômico que seu país enfrenta
Foto: Reproducción

Após o pronunciamento simultâneo do presidente de Cuba, Raúl Castro, e do presidente americano, Barack Obama, que anunciaram um "restabelecimento de relações diplomáticas" entre os dois países, a blogueira cubana Yoani Sánchez se manifestou nas redes sociais.

Embora o presidente cubano tenha lamentado a manutenção de bloqueio econômico dos EUA, Yoani disse, em seu Twitter, que discorda do líder de seu país. "Ainda que Raúl Castro diga o contrário, esse passo dado hoje tem sabor amargo de #rendição", afirmou,

#Cuba Aunque Raúl Castro diga todo lo contrario... este paso de hoy tiene el amargo sabor de la #capitulación http://t.co/W4djZNcplt
— Yoani Sánchez (@yoanisanchez) 17 dezembro 2014

Em seu perfil na rede social, Yoani publicou diversas mensagens e, entre elas, disse que "uma era termina" e que ela espera que "está nova (era) que começa tenha a sociedade civil como protagonista".

A blogueira, de 39 anos, publicou também uma mensagem citando o colapso econômico que seu país enfrenta. "Quero ver ao que vão atribuir a culpa agora sobre o colapso econômico e a falta de liberdades que vivemos em Cuba", tuitou.

Além disso, ressaltou que "chama atenção que nenhum pronunciamento de Fidel Castro tenha sido feito, a respeito do reestabelecimento de relações". Tal mensagem foi publicada por volta das 16h desta quarta-feira.

EUA e Cuba iniciam diálogos para restabelecer relações:

O governo de Havana costumava chamar todos os opositores de "mercenários" a serviço dos Estados Unidos e acusava Sánchez de ser a ponta de lança de uma "guerra cibernética" lançada contra a ilha a partir de Washington.

¿Quiero ver a qué le echarán la culpa ahora del colapso económico y la falta de libertades que vivimos en #Cuba? http://t.co/RwGOXoO2Y2
— Yoani Sánchez (@yoanisanchez) 17 dezembro 2014

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fala ao telefone com o presidente de Cuba, Raúl Castro; o motivo da ligação foi a retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, depois de mais 50 anos
Foto: Pete Souza / TWH / Fotos Públicas
Osvaldo Hernadez, Miguel Saavedra e Carlos Munoz Fontanillehas (da esquerda para a direita) reagem à notícia, fora do restaurante Little Havana Versalhes, em Miami (EUA), de que Alan Gross foi libertado de uma prisão cubana dezembro

Foto: Joe Raedle / Getty Images / AFP
Cubanos assistem pronunciamento do presidente Raul Castro, o qual dizia ter concordado em restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos
Foto: Yamil Lge / AFP
Cubanos acompanham pronunciamento do presidente Raul Castro em um restaurante em Havana; Estados Unidos e Cuba planejam restabelecer relações diplomáticas
Foto: Enrique De La Osa / Reuters
Manifestantes se reúnem Lafayette Square, em Washington, durante um comício pela libertação do funcionário americano Alan Gross, que estava preso em Cuba desde 2009
Foto: Gary Cameron / Reuters
Prisioneiros americano e cubanos que foram "trocados" entre os dois países
Foto: Twitter
Alan Gross (ao centro), chega de Cuba, em 17 de dezembro, na base aérea de Andrews, em Maryland, EUA. Cuba libertou o americano após cinco anos de detenção, além de libertar 53 presos políticos
Foto: Twitter do senador norte-americano Jeff Flake / AFP
TV cubana mostra o presidente Raúl Castro fazendo um discurso à nação, em 17 de dezembro, em Havana. Castro disse que Cuba tinha concordado em restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos
Foto: CUBANTV / AFP
Presidente dos EUA Barack Obama faz declaração sobre Cuba na Casa Branca. 17/12/ 2014.
Foto: Doug Mills / Reuters