Baltimore denuncia seis policiais por homicídio de negro
Médico legista da cidade confirmou em relatório que morte de Freddie Gray foi um homícidio
Seis policiais da cidade americana de Baltimore irão enfrentar acusações criminais, entre elas de homicídio involuntário e voluntário, pela morte de um negro que foi preso e sofreu ferimentos fatais dentro de uma viatura em movimento, declarou a procuradora-geral da cidade nesta sexta-feira (1).
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Marilyn Mosby disse que Freddie Gray, morto uma semana depois de sua prisão em 12 de abril, sofreu uma lesão mortal no pescoço por ter sido algemado dentro da viatura. Ela afirmou que os policiais não forneceram assistência médica a Gray, embora ele a tenha solicitado pelo menos duas vezes.
Foram emitidos mandados de prisão para os policiais acusados no caso, informou ela. Além de homicídio involuntário e voluntário, ainda há acusações de agressão, má conduta e prisão sem justa causa. Representantes do sindicato dos policiais e a família de Gray não foram imediatamente localizados para comentar o assunto.
Em uma coletiva de imprensa, Marilyn declarou que o médico legista de Maryland determinou que a morte de Gray foi um homicídio e que as lesões em sua coluna cervical ocorreram por ele ter sido posto na viatura sem cinto de segurança ou outra proteção. O jovem já não respirava quando finalmente foi retirado do veículo, disse Marilyn.
A morte de Gray em 19 de abril é o incidente mais recente a causar revolta em todo o país por conta do tratamento de afro-americanos e outras minorias por parte dos agentes da lei dos Estados Unidos.
Após uma noite de tumultos em Baltimore na segunda-feira (25), as manifestações se espalharam para outras grandes cidades, uma repetição dos protestos do ano passado desencadeados pelos assassinatos de negros desarmados causados por policiais em Ferguson, Missouri, Nova York e em outras localidades.