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Sem provas, Trump relaciona acidente nos EUA com programas de diversidade e inclusão de Biden: 'Horrível'

Nos primeiros dias após ser eleito, Trump acabou com a política de contratação da Administração Federal de Aviação (FAA) do governo Biden

30 jan 2025 - 14h49
(atualizado às 17h03)
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Foto: Reprodução/CNN

Ao falar sobre a colisão entre um avião comercial e um helicóptero militar que deixou cerca de 67 mortos, o presidente Donald Trump associou o acidente aos programas de diversidade e inclusão promovidos pela Administração Federal de Aviação (FAA) no governo Biden. “Eu coloco a segurança em primeiro lugar e os democratas, como Obama e Biden, colocam a política”, afirmou, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 30. 

Trump disse que "tentaram forçar diversidade dentro dos programas da FAA" e que, questionando se "dá para imaginar isso", falou que a administração federal passou a recrutar “ativamente funcionários que sofrem de deficiências intelectuais severas, problemas psiquiátricos e com problemas físicos e mentais no programa de inclusão e diversidade dentro da agência”.

“Meu governo vai ter a régua mais alta para segurança na aviação. Temos que ter as pessoas mais inteligentes”, disse o republicano.

Segundo ele, foram trazidas 45 mil pessoas para o programa de diversidade. “Isso é horrível”. Além disso, citou que a “FAA achava que a força de trabalho era branca demais e que fizeram esforços para que o governo mudasse isso”.

Agora estamos enlutados por essas pessoas”, disse Trump, na sequência.

Ao decorrer da coletiva, quando questionado por jornalistas por colocar as políticas de diversidade como culpadas do acidente, Trump disse que podem ocorrer demissões na FAA em casos de pessoas que "não são competentes mentalmente". "São pessoas que não deveriam estar fazendo esse trabalho em especial. Podem ser boas para outros trabalhos, mas não nesse em particular."

Video mostra colisão entre avião comercial e helicóptero militar nos EUA:

Nos primeiros dias de seu mandato, Donald Trump assinou um memorando presidencial encerrando com a política de contratação da FAA. No informativo sobre a ação, publicado pela Casa Branca no último dia 22, é descrito que “os voos devem ser supervisionados pelos melhores funcionários” e que deve ser retornada a “contratação não discriminatória e baseada no mérito”.

“Quase inacreditavelmente, como uma iniciativa de diversidade, equidade e inclusão (DEI), a FAA de Biden recrutou e contratou especificamente indivíduos com deficiências ‘intelectuais graves’, problemas psiquiátricos e paralisia completa em vez de outros indivíduos que buscavam trabalhar para a FAA. O presidente Trump está encerrando imediatamente esse programa ilegal e perigoso e exigindo que todas as contratações da FAA sejam baseadas exclusivamente em garantir a segurança dos passageiros das companhias aéreas e a excelência geral do trabalho”, descreve outro trecho.

No site da FAA, as páginas sobre o programa de diversidade foram retiradas do ar, conforme apurado pelo Terra.

A medida está alinhada com a ordem executiva que assinou no dia de sua posse, em 20 de janeiro, determinando o fim de programas governamentais que considera “radicais”.

Trump diz que acidente entre avião e helicóptero nos EUA poderia ter sido evitado:

Sobre o acidente

Um avião comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar em Washington D.C., nos Estados Unidos, na noite desta quarta-feira, 29. De acordo com as autoridades, o jato levava 64 passageiros e quatro tripulantes. No helicóptero, três soldados estavam a bordo. Até o momento, cerca de 30 corpos já foram resgatados. Não há sobreviventes. 

“Essa foi uma noite muito sombria e terrível. Foi uma tragédia de terríveis proporções, em uma nação que agora está enlutada por cada alma preciosa que foi tirada de nós tão rapidamente. Somos um país enlutado no momento”, lamentou o presidente, na mesma coletiva de imprensa.

Aos familiares das vítimas, Trump disse lamentar muito por terem perdido pessoas amadas. “Imaginamos a agonia que sentem. Não há nada pior do que isso”.

Até o momento, Trump confirmou que haviam russos nas aeronaves e afirmou ainda não ter conversado com o presidente Vladimir Putin sobre o assunto. Se sabe que treinadores de patinação no gelo russos e ex-campeões mundiais Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov também estavam a bordo do avião, informou o Kremlin e a mídia estatal.

O republicano também confirmou que há pessoas de outras nacionalidades entre as vítimas e que a listagem com os nomes deve ser divulgada em breve. 

O jato envolvido na colisão é um modelo Bombardier CRJ, com capacidade para transportar 65 passageiros, e é usado em voos regionais. Segundo as autoridades, a aeronave da American Airlines saiu do Kansas e tinha Washington como destino.

Novo vídeo mostra outro ângulo de colisão entre avião comercial e helicóptero militar nos EUA:

A colisão aconteceu a poucos metros da pista, quando o avião já estava próximo do pouso. A American Airlines confirmou que se tratava de uma aeronave da companhia. O helicóptero estava fazendo parte de um treinamento, segundo o Exército.

O avião caiu próximo ao Rio Potomac, perto do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, e equipes de emergência foram até o local.

O helicóptero modelo Sikorsky UH-60 Black Hawk é usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Devido ao acidente, todos os pousos e decolagens foram suspensos no Aeroporto Ronald Reagan. O terminal fica a 6 km do centro de Washington, onde está a Casa Branca, residência oficial do presidente.

Até o momento, ainda não há certeza sobre o que levou a colisão. Segundo Trump, o governo dará suas opiniões ao longo do desenrolar das investigações. "Estamos trabalhando de forma incansável para entender exatamente o que aconteceu".

‘Não acreditamos que haja sobreviventes’, dizem autoridades sobre acidente nos EUA:
Fonte: Redação Terra
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